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GUERRA SEM LIMITES
Imagens do ataque à sede da Defesa dos EUA foram divulgadas após dois anos de insistência de ONG judicial
Pentágono libera vídeo do 11 de Setembro
DA REDAÇÃO
O Pentágono divulgou ontem
um vídeo com imagens do avião
que atingiu a sede da Defesa americana no 11 de Setembro, matando as 59 pessoas a bordo e 125 que
estavam no edifício em Arlington,
cercanias de Washington, no momento do ataque. A liberação é a
resposta ao pedido feito em 2004
pela ONG de monitoramento jurídico Judicial Watch sob a Lei da
Liberdade de Informação dos
EUA (Foia, na sigla em inglês).
É a primeira vez que o Departamento da Defesa permite o acesso
público à seqüência de imagens.
Antes, no entanto, fotos extraídas
do vídeo já circulavam pela internet de forma não oficial, por meio
de links e e-mails, fomentando
uma série de rumores e teorias
conspiratórias a respeito do que
atingiu o Pentágono -se foi realmente um avião ou um míssil.
O vídeo foi captado pelas câmeras de segurança do Pentágono situadas no exterior do prédio, que
servem essencialmente para gravar placas de veículos que entram
no edifício -ou seja, sua capacidade é insuficiente para determinar que tipo de objeto atingiu o
quartel-general da Defesa americana. Vê-se apenas uma mancha.
São duas seqüências de imagens. A primeira dura 12 segundos e mostra o exato momento
em que a aeronave atinge o Pentágono -há o muro e, repentinamente, uma explosão. Na segunda, com quase dois minutos, um
carro de polícia passa por uma
cancela diante do prédio, segundos antes de surgir uma pequena
mancha branca e uma sombra no
solo por trás do muro. Em seguida, há a explosão, e uma enorme
bola de fogo aparece na tela. Logo
depois um clarão irrompe, e um
rolo de fumaça negra sobe do local atingido.
"Registro público"
Voando a uma velocidade de
360 km/h, o avião seqüestrado da
American Airlines foi jogado sobre a ala sudoeste do Pentágono
às 9h38 da manhã de 11 de setembro de 2001, pouco depois que
duas outras aeronaves tomadas
por terroristas chocaram-se contra o World Trade Center, em Nova York, no maior atentado terrorista em território americano.
O Pentágono anteriormente havia se recusado a divulgar os vídeos, sob alegação de que eles estavam nas mãos do Departamento da Justiça para análise em investigações criminais.
"Demos duro para conseguir
este vídeo porque achávamos que
ele era muito importante para
completar o registro público dos
ataques terroristas do 11 de Setembro", afirmou Tom Fitton,
presidente da Judicial Watch.
O website da ONG (http://
www.judicialwatch.org/
flight77.shtml), que exibe os vídeos, precisou ser convertido para uma versão simplificada por
conta do número de acessos.
Segundo uma porta-voz do
Pentágono, as famílias das vítimas do ataque não foram consultadas antes da liberação. As imagens também podem ser assistidas no website do Pentágono
-mas o acesso é bem mais lento.
Para Debra Burlingame, cujo irmão, Charles, era o piloto do vôo
em questão, as imagens não trazem informações novas sobre o
que aconteceu naquele dia. Ela
disse duvidar que sua divulgação
ajudasse a dispersar as teorias
conspiratórias sobre o ataque.
Com Associated Press
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