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Casa Branca deixará que Congresso monitore programa de espionagem
DA REDAÇÃO
Em uma aparente mudança de
posição, fontes no Congresso
americano citadas pela agência de
notícias Reuters afirmaram que a
Casa Branca permitirá o acesso
dos comitês de inteligência da Câmara e do Senado ao programa de
espionagem doméstica mantido
pelo governo de George W. Bush.
O anúncio veio dois dias antes
da sabatina pelo Senado do general Michael Hayden, nomeado
por Bush para dirigir a CIA
(Agência Central de Inteligência
dos EUA). Entre 1999 e o ano passado, Hayden chefiou a Agência
Nacional de Segurança (NSA),
responsável por compilar um
banco de dados com ligações telefônicas de dois terços dos cidadãos americanos desde o 11 de Setembro. O tema deve ser o foco da
sessão de perguntas à qual o militar será submetido.
Se cumprida, a decisão permitirá que o Programa de Monitoramento do Terrorismo mantido
pela Casa Branca, secreto, seja
monitorado pelo Congresso. Entre outras coisas, o pacote de medidas permite que a NSA acesse
mensagens por e-mail e ligações
telefônicas de cidadãos americanos sem obter um mandado judicial para tanto. Bush, no entanto,
defende que o programa é acionado apenas para monitorar suspeitos de envolvimento com o terrorismo, e a Casa Branca vinha evitando revelar totalmente quais
são as medidas que ele engloba.
Ontem Bush voltou a defender
o programa, afirmando que seu
governo não tinha outra alternativa senão "ligar os pontos" para
proteger seus cidadãos depois do
11 de Setembro.
A revelação de que o governo
havia registrado bilhões de ligações domésticas feitas por cidadãos comuns, em reportagem do
jornal "USA Today" na semana
passada, provocou um debate
acirrado nos EUA sobre como ficam as liberdades individuais
diante da guerra ao terrorismo
empreendida por Bush.
Com agências internacionais
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