DA ASSOCIATED PRESS

O governo do Zimbábue marcou ontem para 27 de junho -mais de um mês após o prazo previsto na lei- o segundo turno das eleições presidenciais. O líder da oposição, Morgan Tsvangirai, criticou a decisão, mas anunciou que concorrerá com Robert Mugabe, ditador encastelado há 28 anos no poder.
A lei do Zimbábue prevê que o segundo turno ocorra até três semanas após a divulgação oficial dos resultados -com muito atraso, o anúncio foi feito pela comissão eleitoral fiel ao ditador em 2 de maio.
O primeiro turno, ocorrido em 29 de março, foi oficialmente encabeçado por Tsvangirai, que afirmou ter obtido mais de 50% dos votos, o que dispensaria nova votação.
A oposição afirma que seus partidários têm sido mortos, surrados, presos ou desalojados de suas casas, o que alimenta os temores de intimidação e fraude para que Mugabe, 84, seja reconduzido.
O ditador, em mensagem a partidários, disse que "em algum dia" entregaria o poder, mas que não o faria ao atual dirigente da oposição, a quem acusou de querer devolver o Zimbábue ao antigo poder colonial britânico.


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