São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

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PROLIFERAÇÃO NUCLEAR

Presidente do Irã elogia plano de potências sem dizer se o aceita

DA REDAÇÃO

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse ontem que o plano oferecido a seu país em troca da interrupção do enriquecimento de urânio é "um passo em boa direção" e que instruiu seu governo a "estudá-lo cuidadosamente".
As declarações foram feitas em Xangai, na China, depois de audiência com o presidente chinês, Hu Jintao.
O plano, apresentado no mês passado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China), aos quais se associou a Alemanha, tem sido objeto de reações desencontradas do establishment iraniano.
Anteontem, por exemplo, o líder da hierarquia xiita, aiatolá Ali Khamenei, disse à TV pública que "a República Islâmica do Irã não deve sucumbir a essas pressões".
Além de incentivos, caso o país aceite o pacote, que inclui reatores nucleares, há também a promessa de punições, se o plano for rejeitado. Nesse caso, ficaria caracterizada a intenção iraniana de produzir a bomba atômica.
Há o temor de que o Irã esteja tentando ganhar tempo e já tenha se decidido pela rejeição, o que acentuaria seu atual isolamento.
Ainda ontem, reunidos em Bruxelas, governantes da União Européia exortaram o Irã a "dar rapidamente uma resposta positiva à iniciativa de grande envergadura".
Em Washington, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que os EUA "têm registrado as declarações positivas de Teerã", mas que é preciso "uma resposta clara" a respeito.
Na China, o presidente Ahmadinejad voltou a colocar em dúvida que os nazistas tenham provocado o extermínio maciço de judeus.


Com agências internacionais

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