ELIZABETH PIPER
da "Reuters"

Os russos, acostumados a se agasalhar contra temperaturas abaixo de 0C, estão lutando para sobreviver a meses de calor massacrante, que já deixou centenas de afogados em rios e lagos.
A capital, Moscou, tem sido envolvida por uma faixa de incêndios florestais, enquanto enxames de gafanhotos fogem para as regiões mais a leste.
Mais de 200 pessoas se afogaram em Moscou desde junho. A maioria estava procurando alívio da onda de calor com uma combinação de água gelada e bebida alcoólica, disse ontem um porta-voz do Comitê de Saúde Pública de Moscou.
O calor, com temperaturas acima de 30C na maior parte dos últimos dois meses, tem levado os russos a sair de Moscou para climas mais amenos.
"Tomem água sempre", autoridades de Saúde avisam os russos, que se acostumaram a invernos congelantes de até -25C.
"Por algum tempo, as pessoas em volta da capital têm vivido nas cinzas", afirmou um jornal russo, referindo-se aos incêndios.
Para as autoridades, há o temor de que a fumaça cause problemas a pessoas com bronquite ou asma. Os velhos são os que mais sofrem na situação.
O dinheiro do governo para o combate ao fogo é pouco para helicópteros e a praga de gafanhotos se alastra.
"Os gafanhotos estão botando seus ovos agora. Estamos combatendo com pesticidas", afirma Alexander Chekhonin, diretor do Departamento de Emergências de Novosibirsk, uma das regiões mais afetadas pela praga.


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