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CRISE NO IRÃ
Teerã segue sob forte vigilância para coibir novos protestos
Aiatolá pede que facções respeitem "limites" para evitar distúrbios
das agências internacionais
As facções reformista e conservadora da liderança iraniana,
unidas pelo seu apoio ao regime
islâmico, devem aceitar os limites do debate político para evitar
a repetição dos distúrbios civis
desta semana, disse ontem em
Teerã o aiatolá Hasan Taheri-Khorramabadi.
Segundo o líder religioso, os
principais grupos apóiam o regime teocrático, mas deixaram
suas diferenças sair de controle,
culminando nos seis dias de
protestos pró-democracia em
várias cidades do país, os mais
violentos desde a Revolução Islâmica de 1979.
"Estou pedindo a todas as figuras importantes das facções
políticas que estabeleçam uma
linha vermelha para que, havendo desavenças, não sejam violados o caráter sagrado do sistema e o ardor revolucionário",
disse o aiatolá. "Todos nós acreditamos no poder clerical supremo e no líder (supremo do
país, o aiatolá Ali Khamenei,
conservador). Devemos criar limites para que a essência da revolução não seja abalada."
Analistas afirmam que foi a
violação de um desses limites
-por estudantes que desafiaram Khamenei- que causou a
violenta reação conservadora.
A segurança seguiu reforçada
ontem em Teerã. O ministro do
Interior, Abdolvahed Mousavi-Lari, aliado do presidente reformista, Mohamad Khatami, disse que é pouco provável que sejam concedidas autorizações
para novos atos e que não recebeu nenhum pedido, apesar de
alguns grupos de estudantes terem afirmado que pretendem
retomar os protestos hoje.
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