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Foco
Pescadores mexicanos são resgatados após passar 9 meses em barco no Pacífico
DA REDAÇÃO
Três pescadores mexicanos passaram cerca de nove
meses em um ponto indeterminado do Pacífico. A história pode imediatamente
lembrar os enredos de "Robinson Crusoé", do filme
"Náufrago" -aquele estrelado por Tom Hanks e uma bola de vôlei- ou do seriado
"Lost". Só que com agravantes próprios da realidade:
sem terra firme nem fogo,
segundo os protagonistas.
Os três homens tiveram de
conviver em um barco de fibra de vidro de oito metros
de comprimento, comendo
peixes e aves crus e bebendo
água da chuva, levados pelo
vento e pelas marés.
Eles saíram da cidade de
San Blas, na costa oeste do
México, para pescar tubarão,
em novembro. O combustível do barco em que estavam
acabou, e, à deriva, foram levados por mais de 8.000 km,
até serem encontrados por
uma traineira taiwanesa, entre as ilhas Marshall e a República de Kiribati.
"Eles estavam muito magros e famintos", disse ontem Eugene Muller, gerente
da empresa de pesca que os
encontrou. Tinham queimaduras de sol, mas não apresentavam outros problemas
de saúde.
"Nunca perdemos a esperança, porque sempre víamos barcos. Não nos resgatavam, mas nós os víamos e
pensávamos "o próximo vai
nos resgatar'", disse a uma
rádio mexicana Jesús Vidaña, que empreendeu a aventura com Rendón Becerra e
Salvador Ordaz, da embarcação que os resgatou. Eles levavam um relógio de pulso, e
marcavam os dias passados
no mar no casco do barco.
Em San Blas, as famílias,
que haviam dado os pescadores como mortos, confirmaram a data de saída do
barco como sendo 15 de novembro de 2005. Um relato
anterior dizia que os pescadores haviam passado três
meses à deriva.
O México vai enviar um
representante para encontrar os sobreviventes e ajudá-los a voltar ao país, assim
que a traineira que os resgatou aportar, o que deve levar
cerca de duas semanas.
Com agências internacionais
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