São Paulo, Domingo, 17 de Outubro de 1999
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The Wall Street Journal
de Nova York

Choque de trens ameaça privatização

Planos do governo britânico para privatizar partes do metrô de Londres estão sofrendo fortes críticas após o choque de trens que matou pelo menos 30 pessoas na cidade no início do mês, afirma o diário nova-iorquino "The Wall Street Journal".
Os trens envolvidos no acidente passaram do setor público à iniciativa privada em 1996. "Sindicatos, passageiros assustados e outros grupos vêm perguntando se o acidente em Londres não poderia ter sido evitado se o sistema ferroviário estivesse nas mãos do governo", diz o "Journal", principal diário econômico dos Estados Unidos.
O recente exemplo de falhas de segurança nos trens do país lançou dúvidas sobre a privatização do metrô londrino, diz o diário nova-iorquino.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, inicialmente contrário ao projeto, defende atualmente um modelo híbrido entre iniciativa pública e privada para o principal meio de transporte público da capital britânica.
Mas as primeiras investigações sobre as causas da tragédia são desabonadoras para os defensores da privatização.
O grupo privado que controla os trens teria sido negligente ao não instalar um dispositivo de frenagem automática nos sinais vermelhos por causa de razões financeiras.
"Apesar de esses sistemas de proteção já serem o padrão em países da Europa como a França e a Alemanha", observa o "Journal", "a Railtrack se preocupou com os custos de US$ 1 bilhão" e acabou não implementando os sistemas.
A privatização do metrô, visto como um dos símbolos de Londres, é um dos principais assuntos na pauta política para a eleição do prefeito da capital britânica, que ocorrerá no próximo ano.


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