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The Wall Street Journal
de Nova York
Choque de trens ameaça privatização
Planos do governo britânico para privatizar partes do metrô de
Londres estão sofrendo fortes críticas após o choque de trens que
matou pelo menos 30 pessoas na
cidade no início do mês, afirma o
diário nova-iorquino "The Wall
Street Journal".
Os trens envolvidos no acidente
passaram do setor público à iniciativa privada em 1996. "Sindicatos, passageiros assustados e outros grupos vêm perguntando se
o acidente em Londres não poderia ter sido evitado se o sistema
ferroviário estivesse nas mãos do
governo", diz o "Journal", principal diário econômico dos Estados
Unidos.
O recente exemplo de falhas de
segurança nos trens do país lançou dúvidas sobre a privatização
do metrô londrino, diz o diário
nova-iorquino.
O primeiro-ministro britânico,
Tony Blair, inicialmente contrário ao projeto, defende atualmente um modelo híbrido entre iniciativa pública e privada para o
principal meio de transporte público da capital britânica.
Mas as primeiras investigações
sobre as causas da tragédia são
desabonadoras para os defensores da privatização.
O grupo privado que controla
os trens teria sido negligente ao
não instalar um dispositivo de
frenagem automática nos sinais
vermelhos por causa de razões financeiras.
"Apesar de esses sistemas de
proteção já serem o padrão em
países da Europa como a França e
a Alemanha", observa o "Journal", "a Railtrack se preocupou
com os custos de US$ 1 bilhão" e
acabou não implementando os
sistemas.
A privatização do metrô, visto
como um dos símbolos de Londres, é um dos principais assuntos na pauta política para a eleição
do prefeito da capital britânica,
que ocorrerá no próximo ano.
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