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AFEGANISTÃO
Dois militares dos EUA estão entre as vítimas dos casos mais graves de violência após a votação presidencial
Ataques pós-eleição afegã deixam 6 mortos
DA REDAÇÃO
Ao menos seis pessoas morreram, incluindo três crianças, no
Afeganistão ontem, nos primeiros casos mais graves de violência
no país desde a eleição presidencial da semana passada.
Em um dos ataques de ontem,
civis e militares se aproximavam
de um carro em chamas em vilarejo na Província de Kunar (sudoeste afegão), quando uma
bomba foi detonada por controle
remoto. Além das três crianças,
um policial afegão foi morto. Ao
menos 15 pessoas ficaram feridas.
Em outro incidente, um explosivo também acionado à distância
matou dois soldados americanos
e feriu outros três que realizavam
uma patrulha na Província de
Uruzgan, no sul do país. Foram os
primeiros militares dos EUA
mortos no Afeganistão desde a
votação do último dia 9.
A relativa tranqüilidade transcorrida durante a eleição afegã,
com reduzido número de ataques
pelo país na véspera e nos dias
após o evento, foi vista como sinal
de sucesso do pleito pelas autoridades americanas e afegãs.
Ao todo, mais de mil pessoas foram mortas, entre insurgentes,
militares e civis, desde o início do
ano, quando integrantes do Taleban (regime deposto pelos EUA
em 2001) ampliaram a campanha
de violência para tentar inviabilizar as eleições.
A contagem de votos da eleição
foi retomada ontem no país, após
pausa na sexta-feira para marcar
o início do Ramadã (mês sagrado
para os islâmicos).
A apuração, iniciada apenas na
última quinta-feira, seguiu em ritmo lento ontem. Até o fim do dia,
apenas 209 mil votos haviam sido
apurados, equivalente 2,6% do total. A contagem é manual.
Nessa parcial, o atual presidente
interino Hamid Karzai, candidato
apoiado pelos EUA, liderava com
72% dos votos, percentual que, se
confirmado, garantirá sua vitória
já no primeiro turno.
Com agências internacionais
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