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Associação conta com rádio, gráfica, editora e universidade
DE BUENOS AIRES
Ao expandir seu âmbito de
atuação, a Associação Mães
da Praça de Maio construiu,
ao longo desta década, a
maior infraestrutura entre os
organismos de direitos humanos da Argentina.
Desde 2000, a entidade
fundou uma universidade,
conquistou uma frequência
de rádio, montou uma gráfica e uma editora e passou até
mesmo a gerenciar a construção de casas populares.
A expansão teve apoio dos
governos de Néstor e Cristina
Kirchner, que conquistaram
a adesão política das Mães.
Em um dos quatro prédios
que a associação mantém no
centro de Buenos Aires, funciona a Universidade Popular das Mães, recentemente
transformada em instituição
federal por Cristina.
Cerca de 2.000 alunos pagam mensalidades de menos
de R$ 30 para cursar Direito,
História, Trabalho Social e
oficinas técnicas.
Em 2005, o Estado concedeu uma licença de transmissão AM para a rádio A Voz
das Mães e, no mesmo ano,
aceitou financiar o projeto
"Sonhos Compartilhados",
que já construiu 10 mil casas,
escolas e hospitais sob a administração da entidade.
Inicialmente formada por
cerca de 2.000 mulheres, a
associação atualmente se reduz a aproximadamente cem
Mães, que têm entre 80 e 96
anos.
A gestão da estrutura, no
entanto, cabe a funcionários
mais jovens, para garantir a
continuidade, segundo a
presidente, Hebe de Bonafini, que não divulga o número
de colaboradores.
Todas as quintas-feiras,
um grupo de Mães continua
realizando a marcha na Praça de Maio, que se repete desde 1977. Simultaneamente,
caminham de lados opostos
da praça o grupo liderado por
Bonafini e o das Mães dissidentes, que em 1986 criaram
a Linha Fundadora.
Enquanto as representantes da associação ligada ao
governo chegam à praça de
ônibus e contam com o apoio
de funcionários, as integrantes da Linha Fundadora
-que afirmam nunca ter recebido subsídios estatais-
marcham sem qualquer infraestrutura.
(GH)
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