São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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Associação conta com rádio, gráfica, editora e universidade

DE BUENOS AIRES

Ao expandir seu âmbito de atuação, a Associação Mães da Praça de Maio construiu, ao longo desta década, a maior infraestrutura entre os organismos de direitos humanos da Argentina.
Desde 2000, a entidade fundou uma universidade, conquistou uma frequência de rádio, montou uma gráfica e uma editora e passou até mesmo a gerenciar a construção de casas populares.
A expansão teve apoio dos governos de Néstor e Cristina Kirchner, que conquistaram a adesão política das Mães.
Em um dos quatro prédios que a associação mantém no centro de Buenos Aires, funciona a Universidade Popular das Mães, recentemente transformada em instituição federal por Cristina.
Cerca de 2.000 alunos pagam mensalidades de menos de R$ 30 para cursar Direito, História, Trabalho Social e oficinas técnicas.
Em 2005, o Estado concedeu uma licença de transmissão AM para a rádio A Voz das Mães e, no mesmo ano, aceitou financiar o projeto "Sonhos Compartilhados", que já construiu 10 mil casas, escolas e hospitais sob a administração da entidade.
Inicialmente formada por cerca de 2.000 mulheres, a associação atualmente se reduz a aproximadamente cem Mães, que têm entre 80 e 96 anos.
A gestão da estrutura, no entanto, cabe a funcionários mais jovens, para garantir a continuidade, segundo a presidente, Hebe de Bonafini, que não divulga o número de colaboradores.
Todas as quintas-feiras, um grupo de Mães continua realizando a marcha na Praça de Maio, que se repete desde 1977. Simultaneamente, caminham de lados opostos da praça o grupo liderado por Bonafini e o das Mães dissidentes, que em 1986 criaram a Linha Fundadora.
Enquanto as representantes da associação ligada ao governo chegam à praça de ônibus e contam com o apoio de funcionários, as integrantes da Linha Fundadora -que afirmam nunca ter recebido subsídios estatais- marcham sem qualquer infraestrutura. (GH)


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