São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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ENTREVISTA

Líder diz que parcerias não abalam atuação

DE BUENOS AIRES

A presidente da Associação Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, 81, recebeu a Folha em seu escritório, onde exibe fotos de Cristina e Néstor Kirchner. (GH)

 

Folha - O que este governo representa para as Mães?
Hebe de Bonafini -
Uma mudança profunda. Fizemos campanha contra eles, porque considerávamos os peronistas todos iguais. Mas estávamos equivocadas. Néstor declarou que nós éramos suas mães e que nossos filhos eram seus companheiros, isso foi o máximo.

Qual é a principal reivindicação das Mães hoje?
A destituição dos aproximadamente 400 juízes da época da ditadura que permanecem no Judiciário. Para avançarmos nos julgamentos aos repressores, é preciso retirá-los.

O alinhamento com Cristina não abala a autonomia?
Não há um alinhamento automático. Nós a queremos e respeitamos muito. Mas há coisas que o governo faz mal. Eu já entreguei uma lista para ela com os integrantes do governo de que eu não gosto.

Esse grupo político Las Cristinas, por exemplo, não transforma as Mães em unidade kirchnerista?
As outras Mães não participam. Faço isso pessoalmente, não como representante da associação.

Qual é o orçamento anual das Mães e quanto disso vem do governo?
Não te darei os números, porque já nos criticam muito por aí. O governo financia o projeto de moradias e outros convênios, mas não recebemos subsídio mensal. Pagamos muita coisa com o lucro da nossa gráfica e com a venda de nossos livros.


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