São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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EUA dizem que disparos antiaéreos de Bagdá violam resolução da ONU

DA REDAÇÃO

O governo dos EUA disse, na noite de anteontem, que deveria considerar disparos contra seus aviões que patrulham as zonas de exclusão (situadas no norte e no sul do Iraque) uma violação séria à resolução do Conselho de Segurança da ONU por parte de Bagdá. Trata-se de uma interpretação do texto da ONU que nem o mais próximo aliado dos EUA, o Reino Unido, compartilha.
O problema é que não ficou esclarecido na nova resolução se ela se aplica às zonas de exclusão aérea estabelecidas unilateralmente por Washington e Londres, nas quais baterias antiaéreas são utilizadas contra aeronaves americanas com frequência.
Anteontem, por exemplo, aviões americanos e britânicos bombardearam uma estação de radar no sul do país depois que iraquianos atiraram em aviões que sobrevoavam a zona de exclusão, segundo o Pentágono.
Um porta-voz militar iraquiano disse à INA, agência de notícias oficial do Iraque, que sete pessoas morreram e quatro ficaram feridas no bombardeio.
Em Paris, Hans Blix, chefe dos inspetores de armas da ONU, reiterou que o Iraque enfrentará "todo o poder" do Conselho de Segurança se não cooperar com os inspetores. O primeiro grupo de inspetores deve chegar amanhã ao Iraque. Segundo o sueco Blix, a unanimidade do conselho a respeito do mandato da equipe a torna mais apta a fazer o trabalho e as inovações tecnológicas serão importantes para detectar supostos programas de armas.
Em Bagdá, o ditador Saddam Hussein disse que seu país não tem armas de destruição em massa e que a ONU irá mostrar que ele tem razão. Disse também que não tinha escolha a não ser aceitar a resolução sobre as inspeções.


Com agências internacionais


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