São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 2005

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EUA já detiveram 83 mil estrangeiros na guerra ao terror

DA ASSOCIATED PRESS

Os Estados Unidos já prenderam 83 mil estrangeiros em quatro anos de guerra ao terrorismo. O governo defende essa prática, do Afeganistão a Guantánamo, como um instrumento para deter a insurgência no Iraque, manter a estabilidade no Afeganistão e tirar suspeitos de circulação.
Cerca de 14,5 mil permanecem sob custódia americana. O número passou a crescer quando os primeiros agentes da CIA chegaram ao Afeganistão no final de 2001, instalando 20 locais de interrogatórios e prisões. No Iraque, o número de prisioneiros atingiu seu pico em 1º de novembro, com 13,9 mil.
As leis internacionais proíbem a tortura e o tratamento desumano. O governo argumenta que os interrogatórios estão de acordo com as normas. Mas, no Congresso, o senador John McCain lidera campanha para abolir o tratamento desumano e degradante, ao que o governo responde que não pode ficar com as mãos atadas por limitações. O vice-presidente Dick Cheney pressiona para que novas regras não sejam aplicadas às equipes da CIA.
Boa parte dos detidos no Afeganistão e no Iraque foi solta depois de breves interrogatórios. Já foram libertados 200 dos 700 enviados a Guantánamo (Cuba).
Segundo o Pentágono, no Iraque 5.569 dos presos estão sob custódia por seis meses, e 3.801, por um ano, além dos 229 presos há mais de dois anos.


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