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EUA já detiveram 83 mil estrangeiros na guerra ao terror
DA ASSOCIATED PRESS
Os Estados Unidos já
prenderam 83 mil estrangeiros em quatro anos de guerra ao terrorismo. O governo
defende essa prática, do Afeganistão a Guantánamo, como um instrumento para
deter a insurgência no Iraque, manter a estabilidade
no Afeganistão e tirar suspeitos de circulação.
Cerca de 14,5 mil permanecem sob custódia americana. O número passou a
crescer quando os primeiros
agentes da CIA chegaram ao
Afeganistão no final de 2001,
instalando 20 locais de interrogatórios e prisões. No Iraque, o número de prisioneiros atingiu seu pico em 1º de
novembro, com 13,9 mil.
As leis internacionais proíbem a tortura e o tratamento
desumano. O governo argumenta que os interrogatórios estão de acordo com as
normas. Mas, no Congresso,
o senador John McCain lidera campanha para abolir o
tratamento desumano e degradante, ao que o governo
responde que não pode ficar
com as mãos atadas por limitações. O vice-presidente
Dick Cheney pressiona para
que novas regras não sejam
aplicadas às equipes da CIA.
Boa parte dos detidos no
Afeganistão e no Iraque foi
solta depois de breves interrogatórios. Já foram libertados 200 dos 700 enviados a Guantánamo (Cuba).
Segundo o Pentágono, no
Iraque 5.569 dos presos estão sob custódia por seis meses, e 3.801, por um ano,
além dos 229 presos há mais
de dois anos.
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