São Paulo, quarta, 17 de dezembro de 1997.




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Guerrilheiros do MRTA mantiveram 72 reféns por mais de cem dias
Lima assistiu à segunda mais
longa tomada de embaixada

CLAUDIA ROSSI
do Banco de Dados

Em 17 de dezembro de 1996, um grupo do MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru) invadiu a residência do embaixador do Japão no Peru, Morihisa Aoki, e fez 400 reféns.
A embaixada estava comemorando o aniversário do imperador japonês, Akihito. Estavam presentes representantes diplomáticos de vários países e autoridades peruanas.
No dia da invasão foram libertados idosos e mulheres, inclusive a mãe e a irmã do presidente do Peru, Alberto Fujimori.
Nos dias que se seguiram, a maioria dos reféns foi libertada, entre eles o embaixador brasileiro Carlos Luiz Coutinho Perez.
Os demais reféns permaneceram em poder dos guerrilheiros por 126 dias. Os sequestradores exigiam a liberação de cerca de 400 integrantes do MRTA presos no Peru e em outros países.
Foi a segunda mais longa tomada em embaixada, atrás apenas da ocupação da embaixada dos Estados Unidos em Teerã (Irã), que durou 444 dias.
Os guerrilheiros e o governo iniciaram em 11 de fevereiro deste ano as negociações.
Fim do sequestro
Em 22 de abril, 80 militares invadiram a casa do embaixador e resgataram os 72 reféns.
A operação durou aproximadamente 40 minutos e terminou com a morte de um refém, o juiz da Suprema Corte peruana Carlos Giusti Acuña, de um militar e de todos os 14 guerrilheiros.
Três túneis cavados pelos militares deram o apelido à manobra de "Chavín de Huantar", nome de um sítio arqueológico pré-colombiano com um complexo sistema de túneis.



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