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Reino Unido entrega Província de Basra às autoridades iraquianas
Chanceler britânico reconhece, no entanto, que segurança ainda é precária
DA REDAÇÃO
As tropas britânicas transferiram ontem o controle da Província de Basra às autoridades
iraquianas, abrindo mão da última região ainda sob sua supervisão no Iraque depois de
quatro anos e meio de conflito.
"Vim para livrar Basra de
seus inimigos e agora formalmente a entrego de volta a seus
amigos", afirmou o comandante britânico das tropas, general
Graham Binns.
"Hoje nós presenciamos um
dia especial, um dos melhores
da história moderna de Basra",
disse o governador Mohammed Mosbah al-Waeli, à BBC,
durante a cerimônia, marcada
por um desfile militar.
O chanceler britânico, David
Miliband, reconheceu que o
Reino Unido não deixa ao povo
uma Província tranqüila. "Não
estamos entregando uma terra
de leite e mel", disse.
Autoridades americanas
acreditam que a transferência
será um importante teste para
os líderes iraquianos, já que
Basra é uma Província de grande importância estratégica, detendo a maior parte das reservas de petróleo iraquianas, e
politicamente fragmentada.
De agora em diante, os 4,5
mil soldados britânicos que
ainda estão no país vão trabalhar no treinamento das forças
iraquianas e só participarão de
confrontos no caso de serem
atacados ou se os comandantes
iraquianos pedirem ajuda. No
ano que vem, o número do efetivo será reduzido a 2,5 mil.
Basra é a nona das 18 Províncias iraquianas a retomar o
controle pela própria segurança e a quarta a ser entregue pelos britânicos, depois de Muthanna, Maysan e Dhi Qar.
O premiê britânico, Gordon
Brown, disse, em visita às tropas em Basra na semana passada, que a violência no Iraque
caiu 90% nos últimos meses.
Para o general americano
Ray Odierno, responsável pela
contra-insurgência, os primeiros seis meses de 2007 foram
provavelmente os mais violentos desde a invasão. Os últimos
seis, entretanto, apresentaram
o nível de violência mais baixo
desde que o conflito começou.
"Sinto que voltamos a 2003,
começo de 2004. Eu estava
aqui e o ambiente é o mesmo
em termos de segurança. A diferença é que as forças do Iraque estão mais maduras."
Com agências internacionais e o "New York Times"
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