São Paulo, segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

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Reino Unido entrega Província de Basra às autoridades iraquianas

Chanceler britânico reconhece, no entanto, que segurança ainda é precária

DA REDAÇÃO

As tropas britânicas transferiram ontem o controle da Província de Basra às autoridades iraquianas, abrindo mão da última região ainda sob sua supervisão no Iraque depois de quatro anos e meio de conflito.
"Vim para livrar Basra de seus inimigos e agora formalmente a entrego de volta a seus amigos", afirmou o comandante britânico das tropas, general Graham Binns.
"Hoje nós presenciamos um dia especial, um dos melhores da história moderna de Basra", disse o governador Mohammed Mosbah al-Waeli, à BBC, durante a cerimônia, marcada por um desfile militar.
O chanceler britânico, David Miliband, reconheceu que o Reino Unido não deixa ao povo uma Província tranqüila. "Não estamos entregando uma terra de leite e mel", disse.
Autoridades americanas acreditam que a transferência será um importante teste para os líderes iraquianos, já que Basra é uma Província de grande importância estratégica, detendo a maior parte das reservas de petróleo iraquianas, e politicamente fragmentada.
De agora em diante, os 4,5 mil soldados britânicos que ainda estão no país vão trabalhar no treinamento das forças iraquianas e só participarão de confrontos no caso de serem atacados ou se os comandantes iraquianos pedirem ajuda. No ano que vem, o número do efetivo será reduzido a 2,5 mil.
Basra é a nona das 18 Províncias iraquianas a retomar o controle pela própria segurança e a quarta a ser entregue pelos britânicos, depois de Muthanna, Maysan e Dhi Qar.
O premiê britânico, Gordon Brown, disse, em visita às tropas em Basra na semana passada, que a violência no Iraque caiu 90% nos últimos meses.
Para o general americano Ray Odierno, responsável pela contra-insurgência, os primeiros seis meses de 2007 foram provavelmente os mais violentos desde a invasão. Os últimos seis, entretanto, apresentaram o nível de violência mais baixo desde que o conflito começou.
"Sinto que voltamos a 2003, começo de 2004. Eu estava aqui e o ambiente é o mesmo em termos de segurança. A diferença é que as forças do Iraque estão mais maduras."


Com agências internacionais e o "New York Times"

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