DA REDAÇÃO

A polícia queniana atirou contra manifestantes no segundo dos três dias de protesto nacional convocado por Raila Odinga, principal líder da oposição no país. A intensa repressão esvaziou as ruas, mas não diminuiu a violência. Pelo menos cinco pessoas foram mortas ontem e dezenas ficaram feridas.
O país está à beira da guerra civil desde 31 de dezembro, quando o presidente Mwai Kibaki anunciou sua reeleição, contestada Movimento Democrático Laranja, de Odinga. Pelo menos 600 pessoas morreram e 250 mil deixaram suas casas para fugir da violência até agora, em um conflito que assumiu caráter étnico pela percepção geral de favorecimento do clã de Kibaki. "Estamos lutando e morrendo por Raila e Kibaki, e eles nem ligam para nós", disse Maru Atieno, 27, impedida de buscar os filhos na escola pelos conflitos.