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URBANISMO
Tarifa é equivalente a R$ 29; 800 câmeras controlam os infratores
Pedágio em Londres começa a vigorar
DA REDAÇÃO
Dezenas de milhares de motoristas londrinos começaram ontem a pagar um pedágio de 5 libras (cerca de R$ 29) para poder
entrar de carro na área central de
Londres, como parte de um plano
da prefeitura para reduzir os congestionamentos.
Apesar das fortes críticas e das
pequenas manifestações contra o
projeto, houve poucos dos problemas que os seus opositores
previam. O tráfego na região ficou
ontem abaixo do normal, e não
houve um "transbordamento"
para os limites da zona tarifada.
Segundo a prefeitura, havia
pouco sinal de motoristas dirigindo por fora do perímetro de 21
km2 para evitar pagar a taxa.
Um recesso escolar iniciado ontem também contribuiu para o
tráfego reduzido, mas parecia haver ainda menos carros nas ruas
do que durante as férias escolares.
O prefeito Ken Livingstone admitiu que pode haver falhas no
sistema no início, mas afirmou
que elas serão reduzidas nas próximas semanas. "Londres é hoje
uma das grandes cidades mais
próximas do colapso", disse Livingstone. "Precisamos atuar já.
Temos de achar um jeito de reduzir o uso de carros."
As administrações do metrô e
do sistema de ônibus não registraram um aumento considerável
na procura por transporte público. Muitos críticos temem que o
pedágio coloque ainda mais pressão sobre o sobrecarregado sistema de transporte público.
O sistema de pedágio é controlado por 800 câmeras espalhadas
pelo perímetro tarifado, que fotografam as placas dos carros e
identificam aqueles que não pagaram antecipadamente -a multa
pela infração é de 40 libras (cerca
de R$ 231), mas pode subir para
até 120 libras (R$ 693) se não for
paga em até 28 dias.
O pedágio pode ser pago nas
agências do correio, em lojas e supermercados, por telefone, internet ou carta. Táxis, deficientes,
serviços de emergência, motonetas e veículos movidos por combustíveis alternativos são isentos
da taxa. Os moradores da região
afetada têm um desconto de 90%.
O pedágio, considerado o mais
ambicioso esforço anticongestionamento do mundo, é também o
mais audacioso projeto de Livingstone desde que tomou posse
como prefeito, em 2000. Acredita-se que o futuro político de Livingstone, um esquerdista dissidente do Partido Trabalhista, dependa do sucesso desse projeto.
Com agências internacionais
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