São Paulo, sexta-feira, 18 de maio de 2007

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Confirmado como sucessor de Blair, Brown promete mudar prioridades

Sob pressão para deixar logo o cargo, premiê faz visita de despedida aos EUA

DA REDAÇÃO

O ministro das Finanças do Reino Unido, Gordon Brown, prometeu um governo "com novas prioridades" ao ser confirmado ontem pelo Partido Trabalhista britânico, por ampla maioria, como o sucessor do primeiro-ministro Tony Blair.
Expirado o prazo de nomeação dos candidatos a substituir o premiê, Brown contou com 313 votos entre 352 deputados trabalhistas, tornando impossível que seu único adversário, John McDonnell, tivesse o mínimo exigido de 45 votos para ser indicado.
Blair, que anunciou na semana passada que deixará o poder no dia 27 de junho, enfrenta agora pressão de seu partido e da imprensa para abandonar o cargo imediatamente.
"Não há nada que o senhor Blair possa obter para o bem do país ficando no cargo. Seria pura vaidade política. O senhor Blair precisa ir embora -e ir agora", pediu o jornal "The Independent" em editorial.
Após a confirmação de sua indicação no partido, Brown prometeu liderar um "novo governo com novas prioridades". "Trata-se de novos princípios políticos, um diálogo mais aberto e sincero", acrescentou, dizendo que saúde e educação serão suas prioridades.
Questionado sobre sua futura relação com George W. Bush, Brown respondeu, sem citá-lo pelo nome, que a relação entre um premiê britânico e um presidente americano tem de ser "muito forte" e assegurou que manterá a aliança atual.
Nos últimos dias, Brown disse que "erros foram cometidos no Iraque", afirmando que o Reino Unido tem "novas obrigações" com o governo do país árabe. Entretanto, recusou-se a fixar um calendário para a retirada das tropas britânicas.
Enquanto Brown era confirmado como seu sucessor, Blair fazia em Washington sua despedida oficial dos Estados Unidos, onde também defendeu a manutenção da aliança britânico-americana. Durante a reunião de despedida, Bush admitiu que pode ter tido uma parcela de culpa pela saída de Blair do poder, mas os dois líderes negaram arrependimentos em relação à invasão do Iraque.


Com agências internacionais


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