|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Confirmado como sucessor de Blair, Brown promete mudar prioridades
Sob pressão para deixar logo o cargo, premiê faz visita de despedida aos EUA
DA REDAÇÃO
O ministro das Finanças do
Reino Unido, Gordon Brown,
prometeu um governo "com
novas prioridades" ao ser confirmado ontem pelo Partido
Trabalhista britânico, por ampla maioria, como o sucessor do
primeiro-ministro Tony Blair.
Expirado o prazo de nomeação dos candidatos a substituir
o premiê, Brown contou com
313 votos entre 352 deputados
trabalhistas, tornando impossível que seu único adversário,
John McDonnell, tivesse o mínimo exigido de 45 votos para
ser indicado.
Blair, que anunciou na semana passada que deixará o poder
no dia 27 de junho, enfrenta
agora pressão de seu partido e
da imprensa para abandonar o
cargo imediatamente.
"Não há nada que o senhor
Blair possa obter para o bem do
país ficando no cargo. Seria pura vaidade política. O senhor
Blair precisa ir embora -e ir
agora", pediu o jornal "The Independent" em editorial.
Após a confirmação de sua
indicação no partido, Brown
prometeu liderar um "novo governo com novas prioridades".
"Trata-se de novos princípios
políticos, um diálogo mais
aberto e sincero", acrescentou,
dizendo que saúde e educação
serão suas prioridades.
Questionado sobre sua futura relação com George W. Bush,
Brown respondeu, sem citá-lo
pelo nome, que a relação entre
um premiê britânico e um presidente americano tem de ser
"muito forte" e assegurou que
manterá a aliança atual.
Nos últimos dias, Brown disse que "erros foram cometidos
no Iraque", afirmando que o
Reino Unido tem "novas obrigações" com o governo do país
árabe. Entretanto, recusou-se a
fixar um calendário para a retirada das tropas britânicas.
Enquanto Brown era confirmado como seu sucessor, Blair
fazia em Washington sua despedida oficial dos Estados Unidos, onde também defendeu a
manutenção da aliança britânico-americana. Durante a reunião de despedida, Bush admitiu que pode ter tido uma parcela de culpa pela saída de Blair
do poder, mas os dois líderes
negaram arrependimentos em
relação à invasão do Iraque.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Com um histórico de lealdades diversas, primeiro-ministro se diz "liberal-social" Próximo Texto: China: Pequim vai emprestar à África US$ 20 bi Índice
|