|
Texto Anterior | Índice
Israel reage a foguetes com ataque a Gaza
Ofensiva aérea contra o Hamas mata dez; violência entre palestinos diminui, mas deixa quatro mortos
DA REDAÇÃO
Israel reagiu ontem e na madrugada de hoje aos foguetes
disparados por radicais palestinos contra o seu território com
uma nova ofensiva aérea na faixa de Gaza, que deixou dez
mortos. Enquanto Israel atacava do ar ontem, no chão os palestinos se enfrentavam pelo
sétimo dia consecutivo, deixando mais quatro mortos.
Com esses incidentes, já são
pelo menos 50 os mortos na
mais recente onda de violência
entre as duas principais facções
palestinas, a islâmica Hamas e
a laica Fatah, iniciada na última
sexta-feira.
A retaliação israelense foi
motivada pelos foguetes lançados por militantes ligados ao
Hamas, no que foi considerada
por observadores uma manobra para desviar a atenção dos
graves confrontos entre facções palestinas em Gaza. Também houve uma incursão terrestre limitada, com soldados e
tanques de Israel ocupando posições perto da fronteira entre
o país e o território palestino.
Israel desferiu cinco ataques
a alvos do Hamas ontem e mais
três hoje de madrugada, em retaliação aos mais de 50 foguetes disparados em três dias. Os
ataques de ontem fizeram seis
vítimas, já os de hoje mataram
quatro. O Hamas reagiu ameaçando retomar as ações terroristas suicidas contra Israel.
Os israelenses já haviam
ameaçado uma resposta dura
se o disparo de foguetes continuasse. "Hoje Israel disse basta. Israel tomará todas as medidas defensivas para pôr fim ao
disparo de foguetes", disse ontem Miri Eisen, porta-voz do
governo, num dia em que os
ataques do Hamas atingiram
uma escola e deixaram dois feridos em Israel.
A entrada em cena de Israel
deu nova dimensão ao conflito
palestino, ampliando uma crise
que se torna ainda mais explosiva com a ameaça do Hamas.
"Isso é uma guerra aberta contra o Hamas. Todas as opções
estão abertas, inclusive operações de martírio", disse Abu
Ubaida, porta-voz do braço armado do Hamas, usando o termo pelos quais os radicais se referem ao terrorismo suicida.
Após várias tentativas frustradas das lideranças palestinas de estabelecer um cessar-fogo, ontem a violência teve
queda acentuada na faixa de
Gaza. Na quarta-feira, os confrontos entre militantes do Hamas e do Fatah haviam tido seu
dia mais sangrento em um ano,
com 22 mortos.
A tensão entre os dois grupos, contudo, continuava alta
ontem em Gaza. Na TV, no rádio e na internet, membros do
Hamas acusavam o Fatah, do
presidente Mahmoud Abbas,
de conspirar com Israel contra
o grupo islâmico.
Embora o governo israelense
tenha declarado que não apoiaria nenhum lado na briga palestina, os ataques de ontem tornaram mais difíceis os deslocamentos dos militantes do Hamas, o que pode alterar o equilíbrio de uma disputa que foi claramente desfavorável para o
Fatah nos últimos dias.
Em Washington, o governo
americano pediu moderação a
todos os envolvidos, mas manifestou seu apoio ao direito israelense de se defender dos ataques do Hamas.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Governo na Estônia é alvo de hackers Índice
|