São Paulo, terça-feira, 18 de junho de 2002

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ENTENDA

Caso provocou a renúncia de Richard Nixon

DA REDAÇÃO

Na madrugada de 17 de junho de 1972, cinco integrantes do Comitê para a Reeleição do Presidente Richard Nixon foram presos na sede nacional do Partido Democrata, no edifício Watergate, às margens do rio Potomac, em Washington.
A operação tinha o objetivo de sabotar a campanha do oponente de Nixon, o senador George McGovern. Foi uma ação amadorística e desnecessária. McGovern nunca ameaçou a posterior vitória de Nixon.
Ao que tudo indica, o presidente não teve conhecimento prévio da invasão. Mas, depois de informado, fez tudo o que pôde para obstruir a Justiça e impedir que seus assessores fossem punidos. Os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal "The Washington Post", descobriram, por meio de uma fonte misteriosa apelidada de "Garganta Profunda", o envolvimento de Nixon.
Confiante nos poderes quase ilimitados da Presidência, Nixon lidou com o caso Watergate de maneira arrogante. Isolou-se até acabar quase sozinho.
Ao final, só a filha Julia era contra a sua renúncia. Nixon foi o primeiro presidente da história dos EUA a renunciar, em 9 de agosto de 1974. Se não tivesse feito isso, teria sido o primeiro a sofrer impeachment. A opinião pública, o Congresso e o Judiciário estavam contra ele.



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