São Paulo, domingo, 18 de junho de 2006

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Croata lamenta independência montenegrina

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Svetlana Adamovic, 38, aceitou a independência de Montenegro, mas não gostou. Aos 38 anos, nascida na Croácia, filha de pai sérvio e mãe croata, ela vive em São Paulo desde 2000 e se considera iugoslava. Chorou no jogo de Sérvia e Montenegro contra a Holanda na Copa. "Nossos jogadores não cantaram o hino nacional. Afinal, por que cantar o hino de um país que não existe mais?", pergunta. "Quando vi, percebi que tudo acabou. Perdi minha identidade."
Cidadã croata e sérvia, Svetlana lamenta ter crescido e passado parte da vida num país que não existe mais. "Era um lugar maravilhoso, quando eu voltar terei um choque", diz. Ela deplora as guerras que assolaram a Iugoslávia nos anos 90 e culpa o nacionalismo e a imprensa estrangeira pela dissolução de seu país.
O resultado apertado do referendo em Montenegro, diz, revela que a população não queria a independência. "São os políticos que pressionaram, para proteger seus interesses", opina. "Todos os países que surgiram da antiga Iugoslávia vão se encontrar na União Européia. Aí veremos como essas guerras foram absurdas, pois somos o mesmo povo." (AM)


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