|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRAGÉDIA NOS EUA
Clã Kennedy viveu pelo menos 12 grandes tragédias desde a morte de Joseph Patrick, em 44
"Maldição" prossegue na família
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília
A "maldição de Camelot" prossegue no que parece ser uma interminável lista de tragédias que
há duas gerações se abatem sobre
a mais famosa família dos EUA.
Camelot era o nome do mítico
reino inglês de Arthur, na Idade
Média, que durou pouco porque
o rei morreu jovem. O mesmo nome foi dado aos mil dias da Presidência de Kennedy.
Em 97, um primo de John Kennedy Jr., Michael, morria aos 39
anos, quando esquiava na véspera
do Ano Novo.
Aquela era a 12ª grande tragédia
na história dos Kennedy desde a
morte de Joseph Patrick Jr., em
1944, em combate na Segunda
Guerra Mundial (1939-45).
Foram assassinatos, overdoses,
acidentes de automóvel, desastres
de avião, sem contar escândalos
sexuais, acusações de estupro, divórcios litigiosos, doenças graves.
"Aqueles a quem muito foi dado, muito será exigido", escreveu
John Kennedy Jr. em 1998, em artigo para a sua revista, a "George".
Estava condenando o comportamento dos primos Mike e Joseph,
ambos filhos de Robert.
Joseph, então candidato ao governo de Massachusetts, havia
obtido autorização para se divorciar com base em alegações falsas.
Mike, coordenador da campanha de Joseph, fora pego num caso extraconjugal com a babá (de
14 anos) de seus filhos.
Ao contrário da maioria dos
primos, "John John" (apelido que
odiava) e sua irmã Caroline foram
sempre jovens discretos e de
quem não se ouviam más notícias. Idolatrado desde pequeno
pelos norte-americanos (que se
comoveram ao vê-lo saudando o
esquife do pai), John nunca os decepcionou.
Teve empregos de pessoa comum até fundar sua revista de
"política, mas não do jeito comum", chamada "George".
A publicação não vai bem das
pernas. Há indícios de que poderá
ser fechada por falta de anunciantes. Mas ela parece ter feito de
John, com a mulher, Carolyn Bessette, com quem se casou em
1996, um homem feliz.
Especulações sobre sua possível
entrada na vida política sempre
existiram. Diversos de seus primos seguiram a vocação natural
da família.
John sempre disse que preferia
ficar de fora por "inúmeras razões. A principal é que tenho a necessidade de criar uma coisa minha, nos meus termos".
Mesmo assim, as especulações
continuavam porque, de vez em
quando, ele fazia aparições políticas. Em 1988, por exemplo, seu
discurso diante da Convenção
Nacional do Partido Democrata
foi o mais aplaudido de todos.
Em "George", escrevia sempre
um artigo de fundo (sem o Jr. na
assinatura) e fazia longas entrevistas com políticos famosos.
Texto Anterior: Tragédia nos EUA: Desaparece avião levando Kennedy Jr. Próximo Texto: Família celebraria casamento Índice
|