São Paulo, Domingo, 18 de Julho de 1999
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TRAGÉDIA NOS EUA
Apesar de estar sempre em evidência na mídia, filho de JFK ficou distante de carreira política
Kennedy Jr. perseguiu vida "normal"

da Redação

Faz só um ano que John Fitzgerald Kennedy Jr. conseguiu seu brevê de piloto. Logo depois, deu uma de suas raras entrevistas exclusivas, para o jornal "USA Today". Nela, dizia que a única pessoa que tinha coragem de subir no seu monomotor com ele na direção era a mulher, Carolyn Bessette Kennedy.
"Agora, podemos ir embora sempre que quisermos; podemos simplesmente pegar o avião e voar para longe", disse Kennedy, sorrindo.
A entrevistadora, Katty Kelly, especulava: "Para onde você quer voar? Para uma vida normal?".
Ele respondeu que não, que sua vida tinha sido "bastante normal até agora". Mais ou menos, devido aos fatos passados.
Nascer filho do presidente eleito dos EUA, ser perseguido por batalhões de fotógrafos desde que saiu do berçário, brincar enquanto o pai discute a possibilidade de uma guerra nuclear, acompanhar o enterro do pai no dia do seu terceiro aniversário: não são experiências de qualquer mortal.
Seu irmão Patrick, nascido em 7 de agosto de 1963, morreu nove dias depois. Em 22 de novembro do mesmo ano, seu pai morreu assassinado em Dallas, no Texas.
Mas, apesar das tragédias, até que sua vida foi "normal": formou-se advogado, virou editor, casou-se e estava construindo uma carreira.
John F. Kennedy Jr. nasceu duas semanas e meia após a eleição de seu pai, em 1960, à Presidência dos Estados Unidos.
Devido a uma má interpretação de uma conversa por um jornalista, ganhou o apelido de "John John", nome pelo qual não gostava de ser chamado.
Uma imagem que chamou a atenção do mundo foi a de John fazendo uma saudação militar ao caixão de seu pai, durante o funeral, na catedral de San Mateo, em Washington.
Ao se tornar viúva, sua mãe, Jacqueline Kennedy, mudou-se com a família da Casa Branca, em Washington, para Nova York, onde John e sua irmã mais velha, Caroline, foram criados.

Distância da família
Diferentemente de seus primos e outros membros da família Kennedy, John não seguiu carreira política, apesar de sempre precisar responder a perguntas sobre sua eventual entrada nessa área.
John cursou direito na Universidade Brown, em Rhode Island. Depois de se formar, trabalhou como assistente do promotor público em Manhattan.
Em 1995, abandonou a função pública para lançar a revista "George", que trata de assuntos políticos.
Por meio da revista, Kennedy Jr. se manteve em evidência na opinião pública e também demonstrou habilidade jornalística em entrevistas que realizou para a "George".
Em sua vida de solteiro, Kennedy Jr. namorou a atriz Daryl Hannah por cinco anos, além de ter saído também com a cantora e atriz Madonna e as atrizes Brooke Shields, Julia Roberts e Sarah Jessica Parker.
Em 1996, época em que se casou com Carolyn Bessette -filha de um médico de Greenwich ( Connecticut)-, foi considerado pela revista "People" como o "homem mais sexy do mundo".


Com agências internacionais

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