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GUERRA AO TERROR
Alvo foi delegacia
Ataque rebelde deixa 22 mortos no Afeganistão
DA REDAÇÃO
Centenas de rebeldes, transportados por um comboio de caminhões, atacaram uma delegacia
de polícia no sudoeste do Afeganistão, iniciando uma troca de tiros que matou pelo menos 22 pessoas. Foi uma das maiores demonstrações antigovernamentais
em um ano.
O confronto ocorrido na Província de Paktika foi o último de
uma onda de violência que ressalta a instabilidade afegã depois que
as forças lideradas pelos Estados
Unidos derrubaram o governo do
Taleban, no final de 2001.
De acordo com Mohammed Ali
Jalali, governador da Província, o
ataque começou pouco antes da
meia-noite de sábado, quando
cerca de 400 guerrilheiros, viajando em caminhões, cruzaram a
fronteira do Paquistão e atacaram
a delegacia de polícia no distrito
de Barmal, localizado a cerca de
200 km ao sul da capital do Afeganistão, Cabul.
Com armas pesadas, foguetes e
granadas, os rebeldes ocuparam a
delegacia com facilidade. Entre 15
e 20 policiais afegãos estavam no
local no momento do ataque, e sete deles -incluindo o chefe de
polícia distrital- foram mortos,
afirmou o governador. Percebendo que não poderiam resistir, os
demais fugiram. Jalali informou
que de 15 a 20 rebeldes também
morreram. O chefe de polícia da
Província, Daulat Khan, afirmou
que os sobreviventes, na fuga, levaram os corpos.
Os rebeldes ocuparam a delegacia até a manhã de ontem. Segundo o governador, eles destruíram
o prédio antes de voltar de caminhão para o Paquistão, cuja fronteira fica a 8 km de distância.
Jalali afirmou que os rebeldes
que atacaram a delegacia incluem
guerrilheiros do Taleban e combatentes leais ao ex-premiê Gulbuddin Hekmatyar, líder do grupo extremista islâmico Hezb-e-Islami. Ele também acredita que o
serviço de inteligência do Paquistão tenha participado da organização do ataque.
Na última quarta-feira, 64 pessoas foram mortas em vários
atentados no país, entre eles a explosão de uma bomba em um
ônibus, que fez 15 vítimas fatais.
O enviado da ONU ao Afeganistão, Lakhdar Brahimi, solicitou a
expansão das forças de paz, formadas por 5.000 pessoas, para assegurar a segurança na capital antes das eleições nacionais, marcadas para junho de 2004.
Com agências internacionais
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