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ORIENTE MÉDIO
Extremistas judeus são suspeitos de terem cometido o ataque em Hebron
Bomba fere 5 em escola palestina
DA REDAÇÃO
Uma bomba explodiu ontem em um jardim-de-infância palestino em Hebron, ferindo cinco crianças. A polícia de Israel acredita que o artefato tenha sido
plantado por extremistas judeus ou colonos que vivem na cidade.
A explosão aconteceu ao redor das 9h45 (hora local), logo após o
fim do recreio. A polícia encontrou e desarmou outra bomba.
No início, algumas rádios israelenses chegaram a informar que
as bombas teriam sido escondidas na escola por extremistas palestinos, explodindo acidentalmente. Porém a polícia de Israel
descartava essa hipótese.
Hebron é um dos locais mais
tensos na Cisjordânia. Na cidade,
vivem cerca de 450 colonos judeus, protegidos por forte aparato
militar, em meio a mais de 120 mil
palestinos. Já aconteceram outros
ataques cometidos por extremistas antes. No últimos incidente,
em julho, uma menina palestina
foi morta a tiros durante o funeral
de um soldado israelense.
Colonos e extremistas judeus
negaram a autoria do atentado de
ontem no jardim-de-infância. Yehoshua Mor-Yosef, porta-voz do
Conselho de Colonos Judeus,
condenou o ataque à escola. De
acordo com ele, foi um ato "imoral e ilegal".
Saeb Erekat, principal negociador da ANP (Autoridade Nacional Palestina), afirmou que a culpa pelo ataque de ontem é do governo israelenses. "Israel não leva para a Justiça nenhuma das pessoas que matam palestinos a sangue frio", afirmou.
Ontem o Exército de Israel demoliu 34 habitações na localidade
de Ein Sinya, 6 km ao norte de Ramallah (Cisjordânia).
Elas se encontravam em área
sob controle israelense, segundo o
governo. Já a ANP disse que a região está sob seu controle.
Quarteto
Em Nova York, membros do "quarteto" discutiram uma proposta de paz para o Oriente Médio que prevê inicialmente a retirada de Israel dos territórios palestinos em troca de uma ampla reforma na ANP e eleições gerais
palestinas. Fazem parte do "quarteto" os EUA, a Rússia, a ONU e a
União Européia.
Estiveram presentes ao encontro o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, e autoridades européias.
Segundo Annan, após a primeira etapa ser cumprida, com a retirada israelense, a reforma na ANP e as eleições no início do ano que vem, haverá duas novas fases.
Ainda no próximo ano, haverá "um foco na opção de criar um Estado palestino com fronteiras provisórias e baseado em uma nova Constituição", disse o secretário-geral da ONU.
Esse Estado com fronteiras provisórias servirá de base para um
acordo final por meio de negociações que se estenderiam entre
2004 e meados de 2005.
Para Annan, no atual momento, enquanto os palestinos implementam reformas, Israel deve se esforçar ao máximo para melhorar a qualidade de vida dos palestinos. Não foi discutida a situação do presidente da ANP, Iasser Arafat, que está cercado por forças israelenses em seu quartel-general
em Ramallah (Cisjordânia) desde dezembro, tendo tipo permissão
para sair poucas vezes.
Com agências internacionais
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