São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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ÁSIA

Explosões ocorreram em cidade de maioria cristã; Abu Sayyaf é principal suspeito

Bombas matam seis nas Filipinas

DA REDAÇÃO

Bombas explodiram ontem em duas lojas em Zamboanga, deixando seis mortos e 144 feridos no segundo atentado a bomba em duas semanas na cidade predominantemente cristã no sul de maioria muçulmana das Filipinas.
As suspeitas pelo atentado recaíam sobre o grupo extremista islâmico Abu Sayyaf. Segundo autoridades, os ataques de ontem tinham semelhanças com uma explosão no último dia 2 que matou quatro pessoas, incluindo um soldado americano, pela qual o Abu Sayyaf é acusado.
A explosão ocorreu na hora do almoço, período em que as ruas do centro de Zamboanga, que tem 600 mil habitantes, costumam ser mais movimentadas.
A primeira bomba explodiu às 11h30, na loja de departamentos Shop-o-Rama. Ao meio-dia, outra bomba explodiu na loja adjacente Shoppers Central. O chefe da polícia, Mario Yanga, disse que as bombas foram colocadas sob os balcões onde os clientes deixam bolsas e sacolas ao entrar.
"O chão tremeu, e pessoas ensanguentadas começaram a correr", disse Ofelia Fernandez, que estava do outro lado da rua na hora do primeiro ataque.
A presidente Gloria Macapagal Arroyo condenou o ataque.
Cerca de 260 soldados americanos estão em Zamboanga, os últimos de um grupo de mil que passou seis meses na área neste ano para treinar soldados filipinos a combater o Abu Sayyaf. Nenhum estrangeiro ficou ferido ontem.
O assessor para assuntos de segurança nacional das Filipinas, Roilo Golez, não quis fazer uma ligação entre os ataques de ontem e os de sábado em Bali (Indonésia), dizendo que autoridades estão tratando as explosões como "uma preocupação local".


Com agências internacionais



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