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Presidente Rabbani volta a Cabul e promete governo de coalizão
DA REDAÇÃO
O presidente afegão reconhecido pela ONU, Burhanuddin Rabbani, que vivia em um reduto da
Aliança do Norte, no vale do
Panshir, voltou a Cabul ontem
prometendo a criação de um governo representativo no país.
"Trataremos de formar um governo de base ampla tão logo seja
possível, dependendo da seriedade dos afegãos e da ONU", afirmou Rabbani em entrevista coletiva ao chegar à capital, Cabul.
Se a ONU provocar alguma demora, isso não será nossa culpa",
disse Rabbani, em uma crítica velada à organização. A ONU considera que a Aliança do Norte se
mostra refratária à criação de um
governo com todas as facções e
grupos do Afeganistão.
Na quinta-feira, agências de notícias internacionais divulgaram a
chegada de Rabbani a Cabul, mas
o seu retorno acabou sendo adiado para ontem.
Rabbani teve que deixar o Afeganistão depois da chegada do
Taleban ao poder, em 1996, e desde então conta com o reconhecimento oficial da ONU como chefe
de Estado legítimo do país.
A Aliança do Norte reiterou que
deseja que Rabbani encabece um
governo de transição até a convocação de eleições em um prazo de
dois anos. Por outro lado, os EUA
e a ONU querem que ex-rei Zahir
Shah, no exílio desde o golpe de
Estado de 1973, desempenhe
igualmente um papel ativo na
transição política do país.
No mês passado, foi selado, em
Roma, um acordo entre Zahir
Shah e a Aliança do Norte para a
constituição de um "conselho supremo para a unidade nacional".
O conselho será encarregado da
convocação de uma Loya Jirga
(grande conselho, em pashtu), em
que representantes de cada grupo
étnico, tribal e político do país se
reúnem para resolver conflitos.
Com agências internacionais
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