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Conservadores sustentam que EUA venceram
DA REDAÇÃO
Numa reação à crescente
rejeição à guerra no Iraque e
aos apelos para o retorno dos
soldados, círculos políticos e
militares próximos à Casa
Branca voltaram, desde o final do ano passado, à tese de
que os EUA não foram derrotados no Vietnã.
Segundo essa interpretação, as forças norte-vietnamitas e a guerrilha vietcong
estavam derrotadas quando
as últimas tropas de combate
americanas deixaram o país,
em 1973. O Exército sul-vietnamita, treinado pelos EUA,
teria condições de deter o
avanço inimigo se o Congresso americano não cortasse a
ajuda militar a Saigon (hoje
Ho Chi Minh) em 1975, após
a renúncia do republicano
Richard Nixon (1969-74).
O argumento, que está
sendo retomado depois da
derrota da Casa Branca nas
eleições legislativas de 7 de
novembro, tem implicações
políticas. Em primeiro lugar,
sustenta a pressão contra
iniciativas do Congresso que
possam precipitar uma saída
do Iraque antes que os EUA
sejam capazes de se dizerem
vitoriosos.
Em segundo lugar, a tese
pretende demonstrar que o
projeto americano de estabelecer um governo estável e
um Exército eficaz no Vietnã
do Sul deu certo e teria sido
bem-sucedido se os Estados
Unidos não tivessem "traído" seus aliados. Por analogia, o mesmo sucesso pode
ser obtido no Iraque desde
que Washington seja persistente e evite os erros cometidos há 30 anos.
A interpretação sugere
ainda que a oposição dentro
dos EUA foi a única causa da
vitória comunista em 1975.
Portanto, o Vietnã não teria
caído se os americanos tivessem controlado sua dissidência interna e usado seu
poder militar com maior determinação.
No passado, a mesma tese
foi defendida por Nixon e pelo ex-secretário de Estado
Henry Kissinger.
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