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FOCO
Casamento real movimenta economia, casas de apostas e venda de bugigangas
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
Bastou o príncipe William
anunciar que vai se casar
com Kate Middleton no próximo ano para muitos começarem a pensar em como lucrar com o evento.
Da família da noiva ao primeiro-ministro britânico, de
redes de supermercados às
casas de apostas, todos querem tirar proveito político ou
monetário do casamento.
A alegria do primeiro-ministro David Cameron anteontem não era sem sentido.
Ele disse que, ao contar
para os ministros a boa nova
(o anúncio do casamento),
todos começaram a bater os
punhos sobre a mesa como
crianças numa sala de aula.
Para o governo, difícil notícia melhor. Casamentos da
realeza no Reino Unido têm
efeito maior que vitórias em
Copas do Mundo no Brasil.
Com expectativa de um
ano difícil para a economia
em 2011 (haverá aumento de
impostos, demissões de servidores, cortes de benefícios
e de gastos governamentais),
o casamento é uma bênção.
Não será a primeira vez
que um matrimônio ajudará
a alegrar o país. Quando a
atual rainha, Elizabeth 2º, se
casou com o duque de Edimburgo, em 1947, o ânimo do
país precisava de um estímulo após a Segunda Guerra.
Em 1981, quando foi a vez
de Charles e Diana, o país estava em recessão e com desemprego recorde.
CANECAS E FRONHAS
Comércio e indústria já se
movimentam, apesar de ainda nem estar definida a data
do enlace.
A rede de supermercados
Asda, segunda maior do
país, já encomendou canecas com os rostos dos noivos,
e várias indústrias que fazem
souvenirs estão prontas para
confeccionar de bandejas a
fronhas, passando por pratos
e toalhas de mesa.
A família da noiva também
vai acabar lucrando.
Eles são donos de uma empresa que vende brinquedos,
lembrancinhas e decoração
para festas infantis. Desde o
anúncio, passaram a ser conhecidos no mundo todo.
Muitos vão achar chique
encomendar algo na loja da
família da futura rainha.
As casas de apostas estão a
todo o vapor. Pode-se apostar na data do casamento ou
em que igreja será.
Lideram a Catedral de St.
Paul, onde foi a cerimônia de
Charles e Diana, e a Westminster Abbey, onde a princesa foi velada, em 1997.
Vários estilistas também
vão ganhar muita divulgação
gratuita até que Kate escolha
quem fará seu vestido.
Dizem que há uma brasileira no páreo, Daniella Helayel, dona da grife Isa e uma
das preferidas da noiva.
Mas jornais e TVs britânicos já têm dito que seria um
crime de lesa-pátria ela escolher algum estrangeiro para
fazer o vestido que deve ser
visto por mais de 1 bilhão de
pessoas em todo o mundo.
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