São Paulo, quinta-feira, 18 de novembro de 2010

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Oposição frustra aval a novo acordo nuclear dos EUA com a Rússia

Projeto que reduz artefatos é prioridade da política externa do governo Barack Obama

DO "NEW YORK TIMES"

As esperanças do presidente Barack Obama de ratificar um novo acordo de controle de armas com a Rússia neste ano esbarraram na rejeição anunciada anteontem pelo negociador republicano no Senado em votá-lo antes da posse do novo Congresso.
O anúncio do senador Jon Kyl irritou o governo, que tem no projeto uma de suas prioridades de política externa. Ontem, a secretária de Estado, Hillary Clinton, exortou a Casa a aprovar o texto.
Mesmo os senadores democratas, contudo, consideram remotas as chances de o novo Start -o acordo anterior expirou no fim do ano passado-, que reduz os arsenais nucleares de EUA e Rússia, receber aval neste ano.
O problema é que as chances de aprovação devem se tornar ainda mais incertas no ano que vem, quando os democratas terão seis assentos a menos no Senado, obrigando a Casa Branca a depender de republicanos para chegar aos 67 votos necessários.
O acordo é uma peça central de dois objetivos de Obama: restaurar relações com a Rússia e colocar o mundo em um caminho da eventual eliminação de armas nucleares.
Um fracasso em aprová-lo poderia congelar as duas metas e, dizem analistas, comprometer a credibilidade de Obama no cenário mundial.
"O fracasso em aprovar o novo Start neste ano colocaria em risco nossa segurança nacional", disse o vice-presidente, Joe Biden, que comanda as negociações com Kyl.
Para Biden, significaria a ausência de um regime de verificação do arsenal da Rússia e comprometeria relações que ajudaram os EUA a abrir nova rota de suprimento para as tropas no Afeganistão e a aumentar as pressões sobre o programa nuclear iraniano.
Tanto democratas quanto republicanos consideram a posição de Kyl crucial para a aprovação ou não do acordo.
O senador negocia com a Casa Branca a garantia de um programa de bilhões de dólares para modernizar o arsenal nuclear americano em troca do aval ao novo Start.
Até agora, o governo Obama prometeu US$ 80 bilhões para os próximos dez anos com esse propósito. Kyl, porém, considera inviável a resolução de todas os pontos até o fim da atual legislatura.


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