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Oposição frustra aval a novo acordo nuclear dos EUA com a Rússia
Projeto que reduz artefatos é prioridade da política externa do governo Barack Obama
DO "NEW YORK TIMES"
As esperanças do presidente Barack Obama de ratificar um novo acordo de controle de armas com a Rússia
neste ano esbarraram na rejeição anunciada anteontem
pelo negociador republicano
no Senado em votá-lo antes
da posse do novo Congresso.
O anúncio do senador Jon
Kyl irritou o governo, que
tem no projeto uma de suas
prioridades de política externa. Ontem, a secretária de Estado, Hillary Clinton, exortou
a Casa a aprovar o texto.
Mesmo os senadores democratas, contudo, consideram remotas as chances de o
novo Start -o acordo anterior expirou no fim do ano
passado-, que reduz os arsenais nucleares de EUA e Rússia, receber aval neste ano.
O problema é que as chances de aprovação devem se
tornar ainda mais incertas no
ano que vem, quando os democratas terão seis assentos
a menos no Senado, obrigando a Casa Branca a depender
de republicanos para chegar
aos 67 votos necessários.
O acordo é uma peça central de dois objetivos de Obama: restaurar relações com a
Rússia e colocar o mundo em
um caminho da eventual eliminação de armas nucleares.
Um fracasso em aprová-lo
poderia congelar as duas metas e, dizem analistas, comprometer a credibilidade de
Obama no cenário mundial.
"O fracasso em aprovar o
novo Start neste ano colocaria em risco nossa segurança
nacional", disse o vice-presidente, Joe Biden, que comanda as negociações com Kyl.
Para Biden, significaria a
ausência de um regime de verificação do arsenal da Rússia e comprometeria relações
que ajudaram os EUA a abrir
nova rota de suprimento para as tropas no Afeganistão e
a aumentar as pressões sobre
o programa nuclear iraniano.
Tanto democratas quanto
republicanos consideram a
posição de Kyl crucial para a
aprovação ou não do acordo.
O senador negocia com a
Casa Branca a garantia de
um programa de bilhões de
dólares para modernizar o arsenal nuclear americano em
troca do aval ao novo Start.
Até agora, o governo Obama prometeu US$ 80 bilhões
para os próximos dez anos
com esse propósito. Kyl, porém, considera inviável a resolução de todas os pontos
até o fim da atual legislatura.
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