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ERA DE LA RÚA
Presidente tenta mostrar eficiência
de Buenos Aires
Em sua primeira semana de
governo, o presidente argentino, Fernando de la Rúa, quis
imprimir um tom de eficiência à
sua gestão, tentando diferenciar-se desde logo de seu antecessor, Carlos Menem.
Além de determinar a intervenção na Província de Corrientes, ele anunciou outras decisões para combater problemas
herdados da administração anterior.
Uma das principais foi intervir no Pami, a previdência social
do país, que é um dos principais
focos de denúncias de corrupção contra o governo Menem. O
Pami está com as contas no vermelho. De la Rúa nomeou uma
de suas principais colaboradoras na prefeitura de Buenos Aires, Cecília Felgueras, para comandar o trio de interventores.
Felgueras prometeu transformar o Pami em uma "caixa de
cristal". Uma das primeiras medidas foi anular um aumento de
salários dos funcionários determinado pelo ex-diretor dias antes do fim do governo.
De la Rúa também ordenou a
investigação dos contratos de
privatização das companhias
energéticas. Nos últimos 20
dias, a cidade e a Província de
Buenos Aires foram afetadas
por sete cortes de luz. Um dos
mais sérios ocorreu na última
quarta-feira, atingindo 500 mil
usuários, ou cerca de 2 milhões
de pessoas.
O centro da capital ficou sem
luz por mais de uma hora, paralisando os metrôs e causando
caos no trânsito. O presidente
quer que o Enre, órgão regulador do setor, analise os contratos e os planos de investimentos
das empresas.
Outra medida anunciada na
semana foi o acordo com as
companhias telefônicas para
baixar suas tarifas, consideradas
muito elevadas.
Telecom e Telefonica, que
compraram as empresas privatizadas na era Menem, concordaram em reduzir em 19,5% as
tarifas comerciais e em 5,5% as
residenciais.
(VA)
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