São Paulo, Sábado, 18 de Dezembro de 1999


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ERA DE LA RÚA
Presidente tenta mostrar eficiência

de Buenos Aires

Em sua primeira semana de governo, o presidente argentino, Fernando de la Rúa, quis imprimir um tom de eficiência à sua gestão, tentando diferenciar-se desde logo de seu antecessor, Carlos Menem.
Além de determinar a intervenção na Província de Corrientes, ele anunciou outras decisões para combater problemas herdados da administração anterior.
Uma das principais foi intervir no Pami, a previdência social do país, que é um dos principais focos de denúncias de corrupção contra o governo Menem. O Pami está com as contas no vermelho. De la Rúa nomeou uma de suas principais colaboradoras na prefeitura de Buenos Aires, Cecília Felgueras, para comandar o trio de interventores.
Felgueras prometeu transformar o Pami em uma "caixa de cristal". Uma das primeiras medidas foi anular um aumento de salários dos funcionários determinado pelo ex-diretor dias antes do fim do governo.
De la Rúa também ordenou a investigação dos contratos de privatização das companhias energéticas. Nos últimos 20 dias, a cidade e a Província de Buenos Aires foram afetadas por sete cortes de luz. Um dos mais sérios ocorreu na última quarta-feira, atingindo 500 mil usuários, ou cerca de 2 milhões de pessoas.
O centro da capital ficou sem luz por mais de uma hora, paralisando os metrôs e causando caos no trânsito. O presidente quer que o Enre, órgão regulador do setor, analise os contratos e os planos de investimentos das empresas.
Outra medida anunciada na semana foi o acordo com as companhias telefônicas para baixar suas tarifas, consideradas muito elevadas.
Telecom e Telefonica, que compraram as empresas privatizadas na era Menem, concordaram em reduzir em 19,5% as tarifas comerciais e em 5,5% as residenciais. (VA)


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