São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PANORÂMICA

ÁFRICA

Governo, oposição e rebeldes firmam acordo para pôr fim à guerra no Congo
O governo do Congo (ex-Zaire), rebeldes e grupos oposicionistas firmaram ontem um acordo de paz para pôr fim a quatro anos de guerra civil e instaurar um governo de transição até a convocação das primeiras eleições democráticas desde a independência do país, em 1960.
Mediado pela África do Sul, o acordo determina que o presidente Joseph Kabila deve continuar a ser o chefe de Estado até que as eleições possam ser realizadas, daqui a aproximadamente 30 meses.
Hamadoun Toure, porta-voz da missão da ONU no Congo, descreveu o acordo como de "grande importância histórica" e se disse otimista porque ele envolve diversos setores.
A saída de dezenas de milhares de soldados estrangeiros do país, que apoiavam algum dos lados no conflito, deve ajudar a implementar o acordo, ao mesmo tempo em que as forças da ONU estão sendo aumentadas de 5.537 para 8.700 militares.
O governo interino deve incluir quatro vice-presidentes nomeados pelo governo, pelos dois grupos rebeldes e pela oposição política.
O acordo também prevê uma força policial, com membros de regiões controladas pelo governo e pelos rebeldes, que deve atuar em Kinshasa (capital).
A guerra civil do Congo, terceiro maior país da África, já deixou ao menos 2,5 milhões de mortos, principalmente por causa da fome e de doenças. O conflito começou em agosto de 1998, quando Ruanda e Uganda apoiaram rebeldes que queriam derrubar Laurent Kabila, então presidente do Congo. Angola, Zimbábue e Namíbia enviaram tropas para apoiar o governo. Após a morte de Laurent Kabila, em janeiro de 2001, seu filho, Joseph Kabila, intensificou as negociações de paz.

Com agências internacionais


Texto Anterior: Bálcãs: Ex-líder da Bósnia faz "mea culpa" em tribunal de crimes de guerra
Próximo Texto: Reino Unido: Escândalo com Cherie afeta o apoio a Blair
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.