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SAÚDE
Grupos conservadores e antiaborto são contra medida
Pílula do dia seguinte deve ser vendida sem receita nos EUA
DA REDAÇÃO
A pílula anticoncepcional do
dia seguinte deve ser vendida nos
EUA sem receita médica e estar
nas prateleiras das farmácias ao
lado de produtos como a aspirina.
O principal grupo de ginecologistas dos EUA aconselhou a medida, alegando que isso facilitaria
o uso da pílula a tempo pelas mulheres. O limite para que o uso tenha efeito é de 72 horas após a relação sexual.
Esse grupo atua como conselheiro da FDA (a agência americana de alimentos e medicamentos), que costuma acatar as sugestões. A decisão do órgão deve sair
no máximo em alguns meses.
A pílula do dia seguinte é vendida nos EUA com receita desde
1998, sob as marcas Plan B (plano
B) e Preven (trocadilho com a palavra prevenir). Só a Plan B deve
ser comercializada livremente.
Um dos argumentos utilizados
a favor da liberação da venda sem
receita foi o de que o uso disseminado da pílula pode cortar pela
metade a gravidez indesejada nos
EUA -são 3 milhões por ano.
A decisão dos ginecologistas,
porém, já gerou a revolta de grupos conservadores e antiaborto.
"Facilitar o acesso à pílula do dia
seguinte terá as mesmas consequências terríveis nos EUA que
teve nos países europeus: o aumento da promiscuidade sexual,
das doenças sexualmente transmissíveis e do risco para a saúde
das mulheres", disse Tony Perkins, que é presidente do Conselho de Pesquisa Familiar.
"Há um imperativo de saúde
pública para facilitar o acesso ao
contraceptivo de emergência",
afirmou Vivian Dickerson, presidente do Conselho Americano de
Obstetras e Ginecologistas.
Os conselheiros da FDA também recomendaram que a embalagem da pílula exiba mensagens.
São elas: "Use o mais rápido possível após o sexo sem proteção.
Apesar de ser efetiva até 72 horas
depois -cortando as chances de
a mulher engravidar em mais de
89%-, funciona melhor nas primeiras 24 horas"; "Como outros
hormônios contraceptivos, não
protege contra doenças sexualmente transmissíveis"; "É um
contraceptivo de emergência e
não deve ser usado no lugar do
controle de rotina da gravidez".
Com agências internacionais
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