São Paulo, terça-feira, 19 de janeiro de 2010

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Hospital em base abre com baixa procura

O hospital de campanha anunciado pelo governo brasileiro começou a funcionar na noite de domingo e até a tarde de ontem seguia com procura abaixo do esperado. O hospital tem capacidade para até 400 pessoas por dia, mas, sem divulgação, poucos sabiam do novo local de atendimento e foram tratadas 196 pessoas.
Porto Príncipe está repleta de cartazes em que moradores pedem ajuda, comida e medicamentos e informam sobre a existência de feridos na região. O problema é que, sem luz e sem TV, a divulgação ocorre na base do boca a boca.
Desde o terremoto, a população procura as bases militares para ter auxílio médico. A do Brasil está localizada em uma área distante de centros populacionais, e o transporte público ficou ainda mais precário desde o tremor por conta da falta de gasolina.
Todos os dias aparecem pessoas em busca de emprego no local. Para ser atendida no hospital de campanha, no entanto, a população precisa seguir para uma entrada um pouco mais distante. Já os hospitais de Porto Príncipe estão lotados de feridos.
O coronel-médico Carlos Mac explica que, para reverter o quadro, estão conversando com outros hospitais. Segundo ele, 80% dos casos são fraturas. O hospital conta com 48 profissionais de saúde.
Um dos atendidos ontem era o menino Ruwolf, 2. Ele chegou à base militar no dia do terremoto com o braço pendurado depois que um muro caiu sobre ele. O braço foi amputado em cirurgia dentro da base. Ontem, ele voltou para ser reavaliado.


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