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COALIZÃO
Segundo o secretário de Estado, 30 apóiam abertamente a ofensiva no Iraque, e outros 15 preferem manter anonimato
EUA têm apoio de 45 países, diz Powell
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou
ontem que 45 países declararam
apoio aos Estados Unidos para
uma ação militar no Iraque. Segundo Powell, desse grupo, 30 deram apoio público (leia lista ao lado) e os outros 15 preferiram
manter o anonimato.
"Temos agora uma coalizão que
inclui 30 nações que publicamente afirmaram que poderiam ser
incluídas nessa lista e outros 15
países que, por uma razão ou por
outra, não desejam ter seus nomes anunciados, mas que estarão
dando apoio à coalizão", afirmou.
"Espero que todos possam fazer
todo o possível, dentro de suas
possibilidades, para apoiar a coalizão militar, diplomática, política
ou economicamente", afirmou.
Parte desses 30 países poderá
auxiliar enviando tropas ao Iraque, enquanto o restante poderá
colaborar com assistência logística ou permitindo aviões da coalizão sobrevoarem sobre seus territórios, afirmou ontem o porta-voz do Departamento de Estado,
Richard Boucher.
Boucher disse que Washington
está "decepcionado" com a decisão do vizinho México de não
apoiar, no âmbito do Conselho de
Segurança da ONU, uma ação militar dos EUA no Iraque .
O porta-voz não especificou
quais países poderiam auxiliar
enviando tropas ao Iraque. Sabe-se que o Reino Unido já enviou
cerca de 45 mil soldados, e a Austrália mandou outros 2.000.
Apesar de o Parlamento turco
ter vetado a proposta dos EUA de
usar o território do país para invadir o norte do Iraque, a Turquia
foi incluída na lista dos países que
abertamente apóiam os EUA na
guerra. Powell afirmou estar confiante em que a Turquia vá cooperar, de uma forma ou de outra, na
ação contra o Iraque.
Boucher não quis comentar o
fato de nenhum país árabe fazer
parte da lista. Autoridades afirmam, no entanto, que os governos árabes têm colaborado mais
nos bastidores do que admitem
em público. Tais países teriam
medo de uma reação pública interna contrária ao apoio aos EUA
contra o Iraque. Israel, o mais forte aliado de Washington no
Oriente Médio, também não
consta da lista.
O porta-voz da Casa Branca, Ari
Fleischer, afirmou ontem que as
tropas lideradas pelos EUA entrarão no Iraque mesmo que o ditador Saddam Hussein aceite o ultimato dado por Bush anteontem,
para que ele e seus filhos deixem o
país num prazo de 48 horas. Segundo Fleischer, as tropas da coalizão irão buscar armas de destruição em massa no país.
"Uma coalizão dos que apóiam
os EUA desarmará o Iraque de
Saddam Hussein não importa
quem o suceda", disse Fleischer.
Segundo Powell, até agora Saddam rejeitou o ultimato de Bush,
mas uma série de países ainda
tenta persuadir o ditador iraquiano a deixar o país para o exílio.
Com agências internacionais
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