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São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

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COALIZÃO

Segundo o secretário de Estado, 30 apóiam abertamente a ofensiva no Iraque, e outros 15 preferem manter anonimato

EUA têm apoio de 45 países, diz Powell

DA REDAÇÃO

O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou ontem que 45 países declararam apoio aos Estados Unidos para uma ação militar no Iraque. Segundo Powell, desse grupo, 30 deram apoio público (leia lista ao lado) e os outros 15 preferiram manter o anonimato.
"Temos agora uma coalizão que inclui 30 nações que publicamente afirmaram que poderiam ser incluídas nessa lista e outros 15 países que, por uma razão ou por outra, não desejam ter seus nomes anunciados, mas que estarão dando apoio à coalizão", afirmou.
"Espero que todos possam fazer todo o possível, dentro de suas possibilidades, para apoiar a coalizão militar, diplomática, política ou economicamente", afirmou.
Parte desses 30 países poderá auxiliar enviando tropas ao Iraque, enquanto o restante poderá colaborar com assistência logística ou permitindo aviões da coalizão sobrevoarem sobre seus territórios, afirmou ontem o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher.
Boucher disse que Washington está "decepcionado" com a decisão do vizinho México de não apoiar, no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, uma ação militar dos EUA no Iraque .
O porta-voz não especificou quais países poderiam auxiliar enviando tropas ao Iraque. Sabe-se que o Reino Unido já enviou cerca de 45 mil soldados, e a Austrália mandou outros 2.000.
Apesar de o Parlamento turco ter vetado a proposta dos EUA de usar o território do país para invadir o norte do Iraque, a Turquia foi incluída na lista dos países que abertamente apóiam os EUA na guerra. Powell afirmou estar confiante em que a Turquia vá cooperar, de uma forma ou de outra, na ação contra o Iraque.
Boucher não quis comentar o fato de nenhum país árabe fazer parte da lista. Autoridades afirmam, no entanto, que os governos árabes têm colaborado mais nos bastidores do que admitem em público. Tais países teriam medo de uma reação pública interna contrária ao apoio aos EUA contra o Iraque. Israel, o mais forte aliado de Washington no Oriente Médio, também não consta da lista.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, afirmou ontem que as tropas lideradas pelos EUA entrarão no Iraque mesmo que o ditador Saddam Hussein aceite o ultimato dado por Bush anteontem, para que ele e seus filhos deixem o país num prazo de 48 horas. Segundo Fleischer, as tropas da coalizão irão buscar armas de destruição em massa no país.
"Uma coalizão dos que apóiam os EUA desarmará o Iraque de Saddam Hussein não importa quem o suceda", disse Fleischer. Segundo Powell, até agora Saddam rejeitou o ultimato de Bush, mas uma série de países ainda tenta persuadir o ditador iraquiano a deixar o país para o exílio.


Com agências internacionais


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