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Premiê diz moderar ação americana
DA REDAÇÃO
Principal aliado de George W.
Bush no iminente ataque ao Iraque, o premiê britânico, Tony
Blair, 49, tenta consolidar o papel de moderador político internacional que assumiu em 2001,
quando coordenou um intenso
esforço para obter apoio à campanha militar no Afeganistão.
Partidário do combate ao terrorismo do governo Bush, Blair
sedimentou a coalizão pró-ataque ao Taleban em encontros
com líderes de Rússia, Índia e
Paquistão.
Foi por essa atuação que Blair
passou a ser considerado por
analistas britânicos uma espécie
de moderador das campanhas
antiterror ambicionadas pela
Casa Branca, mais adepto da via
diplomática do que Bush.
Desde que se tornou premiê,
Blair tem dado sinais de que seria defensor de um ataque ao
governo de Saddam Hussein.
Em 1997, quando a ONU fez
proposta a Saddam para que ele
reconsiderasse a expulsão de
inspetores de armas, o primeiro-ministro disse no Parlamento: "É essencial que ele [Saddam] aceite a proposta. Se não o
fizer, nós teremos de enfrentar
esse problema, talvez da pior
forma possível, dentro de alguns anos".
Primeiro líder trabalhista a comandar seu partido em duas vitórias eleitorais consecutivas,
Tony Blair é considerado o principal responsável pela condução
ideológica de sua agenda da esquerda ao centro.
Parlamentar desde 1983, o advogado Blair assumiu a liderança do Partido Trabalhista em
1994, quando a agremiação
amargava quatro derrotas seguidas em eleições gerais para o
Partido Conservador.
Blair liderou seu partido à vitória em 1997 e assumiu o posto
de primeiro-ministro do Reino
Unido pregando os princípios
da Terceira Via, doutrina que
une economia de mercado com
ideais de justiça social.
Apesar das críticas à decadência dos sistemas públicos de
saúde e de transportes, os Trabalhistas venceram novamente
em 2001, em eleições parlamentares marcadas pela apatia do
eleitorado (abstenção de 40%).
Com agências internacionais
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