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São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

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Premiê diz moderar ação americana

DA REDAÇÃO

Principal aliado de George W. Bush no iminente ataque ao Iraque, o premiê britânico, Tony Blair, 49, tenta consolidar o papel de moderador político internacional que assumiu em 2001, quando coordenou um intenso esforço para obter apoio à campanha militar no Afeganistão.
Partidário do combate ao terrorismo do governo Bush, Blair sedimentou a coalizão pró-ataque ao Taleban em encontros com líderes de Rússia, Índia e Paquistão.
Foi por essa atuação que Blair passou a ser considerado por analistas britânicos uma espécie de moderador das campanhas antiterror ambicionadas pela Casa Branca, mais adepto da via diplomática do que Bush.
Desde que se tornou premiê, Blair tem dado sinais de que seria defensor de um ataque ao governo de Saddam Hussein. Em 1997, quando a ONU fez proposta a Saddam para que ele reconsiderasse a expulsão de inspetores de armas, o primeiro-ministro disse no Parlamento: "É essencial que ele [Saddam] aceite a proposta. Se não o fizer, nós teremos de enfrentar esse problema, talvez da pior forma possível, dentro de alguns anos".
Primeiro líder trabalhista a comandar seu partido em duas vitórias eleitorais consecutivas, Tony Blair é considerado o principal responsável pela condução ideológica de sua agenda da esquerda ao centro.
Parlamentar desde 1983, o advogado Blair assumiu a liderança do Partido Trabalhista em 1994, quando a agremiação amargava quatro derrotas seguidas em eleições gerais para o Partido Conservador.
Blair liderou seu partido à vitória em 1997 e assumiu o posto de primeiro-ministro do Reino Unido pregando os princípios da Terceira Via, doutrina que une economia de mercado com ideais de justiça social.
Apesar das críticas à decadência dos sistemas públicos de saúde e de transportes, os Trabalhistas venceram novamente em 2001, em eleições parlamentares marcadas pela apatia do eleitorado (abstenção de 40%).


Com agências internacionais


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