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São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

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Para Schröder, ameaça não justifica guerra

DA REDAÇÃO

O chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, disse ontem que a ameaça representada pelo Iraque não justifica uma guerra. "Será que a ameaça representada pelo ditador iraquiano justifica uma guerra, na qual milhares de crianças, mulheres e inocentes certamente morrerão? Minha resposta era e continua sendo: não!", disse, em declaração à TV alemã.
Num recado a George W. Bush, Schröder disse que o objetivo da resolução 1441, aprovada em novembro passado, é o desarmamento do Iraque, não uma mudança de regime em Bagdá.
"Por mais desejável que seja a saída do ditador, o objetivo da resolução 1441 é o desarmamento do Iraque, o fim de suas armas de destruição em massa", disse.
A Alemanha, membro provisório no Conselho de Segurança da ONU e presidente do órgão este ano, aliou-se a França, Rússia e China para impedir que uma resolução autorizando o ataque fosse aprovada. Segundo Schröder, a presença de inspetores de armas da ONU no Iraque (eles deixaram o país ontem) já colocava um limite à ameaça iraquiana.
A posição de Schröder contrária à guerra foi tornada pública durante sua campanha à reeleição no ano passado. Ele estava mal nas pesquisas, e atribui-se sua recuperação, ao menos parcialmente, à sua postura pacifista, popular na Alemanha, um país traumatizado pela experiência das duas guerras mundiais.
A Alemanha liberou o uso das bases americanas sediadas no país e autorizou o sobrevôo de seu território por jatos militares dos EUA.


Com agências internacionais


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