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Para Schröder, ameaça não justifica guerra
DA REDAÇÃO
O chanceler (premiê) alemão,
Gerhard Schröder, disse ontem
que a ameaça representada pelo
Iraque não justifica uma guerra.
"Será que a ameaça representada
pelo ditador iraquiano justifica
uma guerra, na qual milhares de
crianças, mulheres e inocentes
certamente morrerão? Minha resposta era e continua sendo: não!",
disse, em declaração à TV alemã.
Num recado a George W. Bush,
Schröder disse que o objetivo da
resolução 1441, aprovada em novembro passado, é o desarmamento do Iraque, não uma mudança de regime em Bagdá.
"Por mais desejável que seja a
saída do ditador, o objetivo da resolução 1441 é o desarmamento
do Iraque, o fim de suas armas de
destruição em massa", disse.
A Alemanha, membro provisório no Conselho de Segurança da
ONU e presidente do órgão este
ano, aliou-se a França, Rússia e
China para impedir que uma resolução autorizando o ataque fosse aprovada. Segundo Schröder, a
presença de inspetores de armas
da ONU no Iraque (eles deixaram
o país ontem) já colocava um limite à ameaça iraquiana.
A posição de Schröder contrária
à guerra foi tornada pública durante sua campanha à reeleição
no ano passado. Ele estava mal
nas pesquisas, e atribui-se sua recuperação, ao menos parcialmente, à sua postura pacifista, popular
na Alemanha, um país traumatizado pela experiência das duas
guerras mundiais.
A Alemanha liberou o uso das
bases americanas sediadas no
país e autorizou o sobrevôo de seu
território por jatos militares dos
EUA.
Com agências internacionais
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