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"Horror em Jenin supera entendimento", diz ONU
DA REDAÇÃO
O enviado da ONU ao Oriente
Médio, Terje Roed-Larsen, afirmou ontem que o campo de refugiados palestinos de Jenin (Cisjordânia) foi palco "de horrores que
superam o entendimento humano". As declarações foram dadas
no dia em que Israel iniciou uma
retirada parcial da cidade.
"Está tudo destruído, é como se
tivesse acontecido um terremoto.
É inaceitável", disse Larsen. "É
um triste e desagradável episódio
da história de Israel."
Para Larsen, a ofensiva israelense não é do interesse nem de Israel. "É justamente o oposto."
"O que se produziu foi uma poderosa infra-estrutura terrorista,
porque o ódio e a vontade de
agredir Israel atingiu um novo pico", afirmou o enviado da ONU.
Porém o Exército de Israel afirma justamente o contrário, que a
operação foi um sucesso e resultou, entre outras coisas, na prisão
de dez terroristas que pretendiam
cometer atentados suicidas contra israelenses, já tendo inclusive
gravado fitas de vídeo para justificar os ataques. Os EUA, por sua
vez, afirmaram que irão vetar
qualquer proposta de resolução
pedindo a investigação dos eventos no campo de refugiados.
Em Nablus, Israel manteve a
ofensiva que, segundo os israelenses, busca desmantelar a infra-estrutura terrorista. Três palestinos
foram mortos em ação que prendeu Husam Badran, um dos líderes do grupo extremista Hamas
na cidade, que seria responsável
por atentados contra israelenses.
Em Belém, houve nova troca de
tiros na Basílica da Natividade,
onde 200 palestinos, muitos deles
armados, e 50 clérigos estão cercados por Israel. O Exército disse
ontem que o chefe da inteligência
palestina na Cisjordânia, Tawfiq
Tirawi, está diretamente envolvido em ataques contra Israel.
Em Hebron (Cisjordânia), Israel autorizou a construção permanente de 18 casas na cidade palestina, em ação que fere o plano
Mitchell, elaborado pelos EUA,
que busca cessar-fogo e posterior
retomada das negociações de paz.
Com agências internacionais
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