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CHILE
Presidente pode intervir a favor de Pinochet
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O presidente do Chile, Ricardo
Lagos, afirmou ontem estar disposto a fazer um gesto em favor
do ex-ditador Augusto Pinochet
"por razões de Estado", mas ressaltou que o destino do general
está nas mãos da Justiça.
"Há razões de Estado que, obviamente, obrigam um presidente
a intervir em uma situação como
essa, e tenho de levá-las em consideração. Sou o presidente de 15
milhões de chilenos e quero que
olhemos para o futuro", disse Lagos em uma entrevista coletiva,
antes de partir para uma visita à
Argentina.
"Deixemos que os tribunais
cumpram seu dever", acrescentou. O presidente socialista também informou que no próximo
domingo, durante uma intervenção em rede nacional, tentará passar uma mensagem de confiança
no futuro. "Não cheguei ao poder
para administrar nostalgias do
passado", disse.
Há mais de cem ações contra o
general na Justiça chilena. No regime Pinochet (1973-90), mais de
3.000 pessoas desapareceram.
O ex-ditador regressou ao Chile
em março, após passar 503 dias
detido no Reino Unido, aguardando decisão da Justiça britânica
sobre pedido de extradição feito
pela Espanha, que queria julgá-lo
por crimes contra a humanidade.
Em 1995, o ex-presidente democrata-cristão Eduardo Frei conseguiu que um processo contra Pinochet e seu filho mais velho fosse
arquivado pela Justiça.
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