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Bush mantém anúncio de plano de paz
DA REDAÇÃO
Um porta-voz da Casa Branca disse que o atentado suicida de
ontem em Jerusalém não deve alterar os planos do presidente
George W. Bush de anunciar nesta semana um novo plano de paz
para a região.
O conteúdo de sua proposta
também não será afetado, disse o
porta-voz Scott McClellan, apesar
de autoridades do país ressaltarem que o terrorismo diminui as
perspectivas de paz.
A iniciativa dos EUA, segundo
afirmam jornais israelenses e
americanos, incluiria a criação de
um Estado palestino "provisório", comprometido em promover reformas institucionais e negociar nos próximos anos uma resolução definitiva para o conflito.
"Temos de fazer tudo o que pudermos (...) para avançar rumo a
dois Estados vivendo em paz",
afirmou McClellan. "E não vamos
perder de vista esse enfoque."
Tanto israelenses quanto palestinos criticaram nos últimos dias
a idéia de um Estado "provisório". O premiê de Israel, Ariel Sharon, voltou a criticar indiretamente essa sugestão ontem. Ao
visitar os destroços do ônibus
atingido pelo suicida, Sharon declarou: "É interessante [imaginar"
que tipo de Estado palestino eles
pretendem criar. Do que eles estão falando?"
O diário árabe editado em Londres "Al Hayat", citando fontes
egípcias, disse que Bush já adiantou detalhes de seu plano aos governo de Israel e Egito. Um Estado palestino seria declarado nas
áreas A e B (zonas sob total controle administrativo da Autoridade Nacional Palestina) e reconhecido pela ONU, segundo o diário.
Bush estuda enviar ao Oriente
Médio, na próxima semana, o secretário de Estado, Colin Powell.
Funcionários da Casa Branca
disseram que ele já analisava essa
hipótese mesmo antes do atentado em Jerusalém. O anúncio da
ida de Powell seria uma forma de
Washington pressionar Israel a
moderar em sua nova ofensiva
contra os palestinos em retaliação
à ação de ontem.
A missão de Powell teria como
objetivo convencer as partes a
apoiar a iniciativa de paz que
Bush pretende anunciar, além de
promover a idéia da realização de
uma conferência internacional de
paz no verão do hemisfério Norte
(inverno no Brasil).
Com agências internacionais
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