São Paulo, quarta-feira, 19 de junho de 2002

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HOMEM-BOMBA

Al Ghoul havia falhado em dois atentados

Para família, suicida é "herói" e "mártir"

DA REDAÇÃO

Após duas tentativas frustradas de cometer um atentado, o suicida palestino Muhammad Haza Al Ghoul, 22, que cometeu o 69º atentado contra Israel na nova Intifada, iniciada em setembro de 2000, deixou uma nota, com data de sábado, afirmando ter "esperança" de que estivesse apto desta vez. Não há explicações sobre o que teria falhado nas outras tentativas.
Aluno de mestrado em estudos islâmicos da Universidade Al Najah, em Nablus (Cisjordânia), Ghoul desapareceu três dias antes do ataque de ontem. No fim de semana, visitou uma tia de 80 anos e três irmãs. De presente, levou doces. Layla, uma das irmãs, disse que ele estava agindo normalmente.
Samar, outra irmã do suicida palestino, disse que seu irmão era um herói. "Não estou triste", afirmou.
"Ele é um mártir", acrescentou Haza, o pai. "Temos apenas de pedir a Deus que seja piedoso com ele. Nossos filhos querem morrer por nossa terra, para tê-la de volta", disse.
Na carta, Ghoul deixou a inscrição "Izzedine al Qassam", nome do braço armado do grupo extremista islâmico Hamas.


Com agências internacionais


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