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São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2003

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EUA matam 2 iraquianos e perdem soldado

DA REDAÇÃO

Mais um soldado americano foi morto em ataque iraquiano -o 42º desde que o presidente George W. Bush declarou o fim dos principais combates no Iraque, em 1º de maio. Horas antes, militares dos EUA haviam matado dois manifestantes em Bagdá.
O soldado guardava um posto de distribuição de propano na capital quando foi atacado por dois homens armados, que dispararam contra ele e fugiram em um carro. Foi a quarta baixa americana em ataques somente nesta semana, no que os EUA acreditam ser a ação de aliados do ex-ditador Saddam Hussein nas regiões central e norte do país.
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse ontem que a resistência é formada por "bolsões encurralados" de dez ou 20 pessoas que serão "extirpados" pelas forças americanas. Já o comandante da 4ª Divisão de Infantaria, general Ray Odierno, classificou as perdas como "militarmente insignificantes".

Mortes em manifestações
Segundo a ONG Iraqbodycount.net, entre 5.563 e 7.236 civis iraquianos foram mortos desde o início da guerra.
Os dois manifestantes mortos ontem protestavam contra o desemprego e os baixos salários, junto a cerca de 500 ex-soldados e funcionários públicos, em frente ao antigo Palácio Republicano, em Bagdá -atual quartel-general da coalizão anglo-americana.
O Comando Central Americano (Centcom) afirmou que os manifestantes atacaram com pedras um comboio militar que tentou passar entre a multidão. Os militares -cerca de 40 soldados armados com rifles- teriam reagido depois que um manifestante sacou uma arma e disparou.
Segundo um fotógrafo da Associated Press no local, o disparo, para o ar, veio de um motorista que tentava passar pela multidão.
Os dois homens chegaram a ser levados para dentro do palácio, onde seriam tratados, mas não resistiram.
A Human Rights Watch divulgou um comunicado nesta semana em que acusa os militares americanos de terem usado "força excessiva" ao matar 17 civis e ferir mais de 70 em duas manifestações em Fallujah (oeste) em abril.
O grupo disse não haver provas de que os soldados tenham reagido a disparos da multidão, como alegam os EUA.


Com agências internacionais


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