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EUA matam 2 iraquianos e perdem soldado
DA REDAÇÃO
Mais um soldado americano
foi morto em ataque iraquiano
-o 42º desde que o presidente
George W. Bush declarou o fim
dos principais combates no
Iraque, em 1º de maio. Horas
antes, militares dos EUA haviam matado dois manifestantes em Bagdá.
O soldado guardava um posto de distribuição de propano
na capital quando foi atacado
por dois homens armados, que
dispararam contra ele e fugiram em um carro. Foi a quarta
baixa americana em ataques
somente nesta semana, no que
os EUA acreditam ser a ação de
aliados do ex-ditador Saddam
Hussein nas regiões central e
norte do país.
O secretário da Defesa dos
EUA, Donald Rumsfeld, disse
ontem que a resistência é formada por "bolsões encurralados" de dez ou 20 pessoas que
serão "extirpados" pelas forças
americanas. Já o comandante
da 4ª Divisão de Infantaria, general Ray Odierno, classificou
as perdas como "militarmente
insignificantes".
Mortes em manifestações
Segundo a ONG Iraqbodycount.net, entre 5.563 e 7.236
civis iraquianos foram mortos
desde o início da guerra.
Os dois manifestantes mortos ontem protestavam contra
o desemprego e os baixos salários, junto a cerca de 500 ex-soldados e funcionários públicos, em frente ao antigo Palácio
Republicano, em Bagdá
-atual quartel-general da coalizão anglo-americana.
O Comando Central Americano (Centcom) afirmou que
os manifestantes atacaram
com pedras um comboio militar que tentou passar entre a
multidão. Os militares -cerca
de 40 soldados armados com
rifles- teriam reagido depois
que um manifestante sacou
uma arma e disparou.
Segundo um fotógrafo da Associated Press no local, o disparo, para o ar, veio de um motorista que tentava passar pela
multidão.
Os dois homens chegaram a
ser levados para dentro do palácio, onde seriam tratados,
mas não resistiram.
A Human Rights Watch divulgou um comunicado nesta
semana em que acusa os militares americanos de terem usado "força excessiva" ao matar 17 civis e ferir mais de 70 em
duas manifestações em Fallujah (oeste) em abril.
O grupo disse não haver provas de que os soldados tenham
reagido a disparos da multidão,
como alegam os EUA.
Com agências internacionais
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