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PAZ SOB ATAQUE
Sharon não confirmou informação, feita por fontes da área de segurança; cessar-fogo palestino está próximo
Israel pode suspender ataques a lideranças terroristas
DA REDAÇÃO
O plano de paz deve ganhar novo fôlego caso ações palestinas e
israelenses que visam a redução
na violência sejam concretizadas.
Cedendo a pressões americanas, Israel pode suspender os ataques contra as lideranças dos grupos terroristas palestinos. As
ações contra alvos palestinos ficariam restritas a militantes que forem considerados uma ameaça
iminente à segurança israelense.
No lado palestino, o premiê Abu
Mazen manteve ontem uma série
de encontros com líderes dos grupos terroristas, gerando otimismo em relação a um cessar-fogo.
A informação de que os israelenses suspenderiam os ataques
contra líderes terroristas, divulgada por fontes da área de segurança de Israel, não foi comentada
pelo premiê Ariel Sharon.
O acordo teria sido acertado entre autoridades de segurança israelenses e americanas em encontro na Casa Branca e acontece
pouco antes da chegada do secretário de Estado dos EUA, Colin
Powell, à região, amanhã.
No último dia 10, Israel realizou
ataque aéreo contra Abdel Aziz
Rantissi, principal liderança da
ala política do Hamas. A ação
provocou fortes protestos entre
os palestinos e até mesmo críticas
do governo americano.
No dia seguinte, o grupo terrorista cometeu atentado em Jerusalém, matando 17, no episódio mais grave da onda de violência
na semana passada, em ação que
pode ter sido uma resposta ao ataque a Rantissi.
Em discurso para um grupo judaico internacional, Sharon não
mencionou a suposta trégua. O
premiê voltou a afirmar que não
irá colocar em risco a segurança
israelense e que a implementação
do plano de paz depende do fim
do terrorismo.
Ismail Haniyah, um dos porta-vozes do Hamas, afirmou que o
gesto israelense é inócuo. "Indica
que eles continuarão com os assassinatos. Rejeitamos a classificação de quem pode ser morto.
Os assassinatos devem acabar, e
as forças israelenses devem partir", disse Haniyah, em Gaza.
Palestinos
Mazen propôs ontem aos grupos terroristas palestinos que eles
se unam em torno de uma liderança compartilhada para representá-los politicamente, segundo
afirmou Ismail Abu Shanab, um
dos líderes do Hamas que se encontrou com o premiê.
Essa liderança seria comandada
pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser
Arafat, hoje afastado formalmente das negociações com Israel. O
objetivo seria tirar esses grupos
do terrorismo e levá-los para a negociação política, sem confronto.
Arafat, apesar de ainda possuir
um papel ativo entre os palestinos, não é aceito por Israel e EUA
nas negociações de paz.
Entre os palestinos, havia otimismo sobre um cessar-fogo na
ações contra israelenses. Mas
atentado anteontem matou uma
menina de sete anos perto da
fronteira de Israel com a Cisjordânia. A ação, assumida pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, interrompeu a relativa calmaria dos
últimos dias.
O novo plano de paz para a região exige que a ANP combata o
terrorismo e Israel, paralelamente, diminua as restrições aos palestinos e congele a construção de
assentamentos judaicos. Ao fim
das negociações de temas mais
complexos, o Estado palestino deve ser criado em 2005.
A possível libertação de Marwan Barghouti, um dos líderes da
Intifada e do Fatah (facção política de Arafat e Mazen), acabou não
se confirmando ontem. Ele está
preso em Israel, onde é processado por envolvimento com atividades terroristas.
Com agências internacionais
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