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SOCIEDADE
A nova lei, que passou pelo Parlamento, enfrenta oposição de Estados governados por partidos de centro-direita
Tribunal alemão aprova casamento homossexual
DA REDAÇÃO
Um tribunal alemão autorizou
ontem uma nova lei permitindo o
casamento de homossexuais no
país. A batalha jurídica, que favorece a união civil entre pessoas do
mesmo sexo, enfrentou oposição
de Estados conservadores durante dois anos.
A lei, que passa a vigorar no
próximo mês, foi aprovada pelo
Parlamento no começo do ano.
A decisão dos oito juízes, que teve cinco votos a favor e três contra, deverá ter o veredicto publicado no próximo ano, quando a
corte julgará se a lei não fere a
Constituição. Mas, enquanto isso,
o matrimônio homossexual poderá ser realizado.
Com a nova lei, os casais de gays
e de lésbicas poderão se casar em
cartórios, adotar o sobrenome do
cônjuge e serão reconhecidos como herdeiros legais. Ao parceiro
estrangeiro também deverá ser
concedida a residência alemã.
A corte alemã, porém, impôs algumas restrições. Os casais não
têm permissão para adotar filhos
e não poderão usufruir dos mesmos benefícios fiscais dados a casais heterossexuais.
O "Ato de União", que recebeu
apoio dos social-democratas e
dos Verdes (governistas), encontrou forte oposição de três Estados -a Baviera, a Saxônia e a Turíngia-, todos governados por
partidos de centro-direita.
Vanguarda
O primeiro país a permitir o casamento entre pessoas do mesmo
sexo foi a Dinamarca, em 1989, e a
Holanda aprovou essa união em
setembro de 2000. Na Noruega e
na Suécia, os homossexuais têm o
direito de registrar a união civil.
No Brasil, a união civil entre homossexuais não é permitida. O
projeto de parceria civil entre homossexuais, número 1.151/95, é de
autoria da prefeita de São Paulo,
Marta Suplicy (PT), que o apresentou quando deputada, em
1995. O texto foi examinado por
uma comissão da Câmara e recebeu um substitutivo do deputado
Roberto Jefferson (PTB-RJ), que
prevê a parceria civil entre qualquer pessoa, numa espécie de
contrato.
O projeto que garante direitos
de herança e previdência a casais
do mesmo sexo foi incluído em
maio na pauta da Câmara dos Deputados pelo presidente da Casa,
Aécio Neves (PSDB-MG).
Com agências internacionais
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