São Paulo, sexta-feira, 19 de julho de 2002

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Paraguai diz que esperava mais do Brasil

DA REDAÇÃO

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Antonio Moreno Ruffinelli, disse ontem que seu país esperava "um pouco mais" do Brasil em relação ao ex-general Lino Oviedo. Acusado por tentativas de golpe de Estado em 1996 e 2000 e pelo assassinato do vice-presidente Luis María Argaña, em 1999, Oviedo está atualmente exilado no Brasil. O governo paraguaio acusa-o de ter organizado, do território brasileiro, as manifestações contra o presidente Luiz González Macchi na última segunda-feira.
O Brasil, que já havia negado um pedido paraguaio para extraditar Oviedo, advertiu-o anteontem de que pode expulsá-lo caso realize atividades políticas, especialmente se representarem ameaças à estabilidade política do país vizinho.
"A verdade é que esperávamos um pouco mais", afirmou Moreno Ruffinelli em entrevista coletiva. Segundo ele, o governo paraguaio esperava um "confinamento" de Oviedo.
De qualquer maneira, o chanceler disse ter considerado positiva a advertência a Oviedo. "Se isso for cumprido, acreditamos que vai haver tranquilidade e que não vai haver novas ocorrências como as que aconteceram nesta semana", disse. Moreno Ruffinelli negou qualquer atrito com o Brasil e disse que as relações bilaterais não serão "oviedizadas".

Impeachment
O Partido Colorado avançou ontem em sua intenção de afastar o vice-presidente Julio César Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), por sua suposta participação nos protestos de segunda-feira.


Com agências internacionais

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