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Paraguai diz que esperava mais do Brasil
DA REDAÇÃO
O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Antonio Moreno Ruffinelli, disse ontem que seu país esperava "um pouco mais" do Brasil em relação ao ex-general Lino Oviedo. Acusado por tentativas de golpe de Estado em 1996 e
2000 e pelo assassinato do vice-presidente Luis María Argaña,
em 1999, Oviedo está atualmente exilado no Brasil. O governo paraguaio acusa-o de ter organizado, do território brasileiro, as manifestações contra o
presidente Luiz González Macchi na última segunda-feira.
O Brasil, que já havia negado
um pedido paraguaio para extraditar Oviedo, advertiu-o anteontem de que pode expulsá-lo caso realize atividades políticas, especialmente se representarem ameaças à estabilidade
política do país vizinho.
"A verdade é que esperávamos um pouco mais", afirmou
Moreno Ruffinelli em entrevista coletiva. Segundo ele, o governo paraguaio esperava um
"confinamento" de Oviedo.
De qualquer maneira, o
chanceler disse ter considerado
positiva a advertência a Oviedo. "Se isso for cumprido, acreditamos que vai haver tranquilidade e que não vai haver novas ocorrências como as que
aconteceram nesta semana",
disse. Moreno Ruffinelli negou
qualquer atrito com o Brasil e
disse que as relações bilaterais
não serão "oviedizadas".
Impeachment
O Partido Colorado avançou
ontem em sua intenção de afastar o vice-presidente Julio César Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), por sua suposta participação nos
protestos de segunda-feira.
Com agências internacionais
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