DA REDAÇÃO

Quatro pessoas morreram e dez ficaram feridas após a explosão de uma bomba dentro de uma casa ontem de madrugada num bairro operário de Cartagena, no norte da Colômbia.
A polícia acredita que a bomba explodiu acidentalmente. Segundo o coronel Luis Guevara, chefe da polícia no Departamento (Estado) de Bolívar, a bomba poderia estar sendo guardada para ser usada posteriormente em um ataque terrorista. A bomba, com 30 kg de explosivos, destruiu duas casas e danificou outras seis.
A cidade colonial de Cartagena, 650 km ao norte da capital, Bogotá, é uma tradicional destinação turística no país e, até hoje, uma das cidades menos afetadas pelas quatro décadas de guerra civil.
A explosão em Cartagena foi antecedida de um dia violento no país, com um jornalista assassinado e outros quatro civis e 11 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) mortos em combates no norte, no sudeste e no sudoeste.

Ameaça
Líderes das Farc deram ontem a ordem de matar ou sequestrar os funcionários de dez Departamentos que não renunciaram aos seus cargos após as ameaças feitas pela guerrilha no início do mês. "Os governadores, deputados e funcionários dos tribunais de Departamento que não cumpriram essa determinação podem ser capturados ou justiçados", advertiu o grupo em comunicado divulgado ontem na internet.
O ministro do Interior, Armando Estrada, disse que o presidente Andrés Pastrana emitirá uma "nova diretriz" às autoridades e guarnições militares para enfrentar as ameaças da guerrilha.
O prefeito de Cali, John Maro Rodríguez, disse que sua família saiu do país, mas que ele desistiu de fazer o mesmo após receber telefonemas de Pastrana e do presidente eleito, Alvaro Uribe, que toma posse no dia 7 de agosto.