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São Paulo, sábado, 19 de julho de 2003

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Painel vê tempo exíguo para organizar Iraque

DA REDAÇÃO

Os EUA têm um prazo cada vez menor para tentar impor a lei e a ordem e evitar o caos no Iraque, segundo painel de especialistas convidados pelo secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, para avaliar a reconstrução do Iraque. O painel divulgou um relatório de 15 páginas afirmando que "os próximos três meses são cruciais para reverter a situação de segurança, que continua instável em partes essenciais do país".
Os especialistas recomendaram que "todo o esforço seja turbinado" por uma ampliação rápida de verbas e de pessoal de reconstrução, com o envolvimento de muito mais iraquianos na reconstrução nacional e uma melhora na comunicação com a população.
"Devemos ao nosso pessoal de campo e aos iraquianos o máximo esforço em fornecer tudo o que seja necessário para resolver essa situação. A credibilidade e o interesse nacional dos Estados Unidos dependem disso", afirma o relatório.
"O tempo para agir está acabando, ele não durará para sempre", disse Bathsheba Crocker, especialista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) e ex-funcionária do Departamento de Estado. "Existe um potencial crescente de caos ou de problemas, especialmente no que se relaciona à situação de segurança", disse ela.
A equipe foi convidada por Rumsfeld e Paul Bremer, o principal administrador civil norte-americano no Iraque, para uma visita de 11 dias ao país, encerrada em 7 de julho. O grupo estava sob a liderança de John Hamre, importante dirigente do Pentágono no governo Clinton e presidente do respeitado instituto de pesquisa CSIS, de Washington.
A equipe envolvia membros do Conselho de Relações Internacionais, em Nova York, e a UN Foundation, uma organização assistencial privada fundada pelo magnata da mídia Ted Turner.

Wolfowitz
Na tentativa de avaliar as falhas e os obstáculos à reconstrução, o subsecretário americano da Defesa, Paul Wolfowitz, está no Iraque em uma visita de cinco dias, iniciada anteontem. Um dos maiores defensores da guerra, ele declarou, no país, que os EUA estavam "despreparados" para a desordem e a falta de segurança que eclodiram no pós-guerra.
"As chamadas forças de manutenção da lei e da ordem desmoronaram. Não havia um único plano para isso", afirmou Wolfowitz, segundo o jornal "Los Angeles Times".


Com agências internacionais


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