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Painel vê tempo exíguo para organizar Iraque
DA REDAÇÃO
Os EUA têm um prazo cada vez
menor para tentar impor a lei e a
ordem e evitar o caos no Iraque,
segundo painel de especialistas
convidados pelo secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld,
para avaliar a reconstrução do
Iraque. O painel divulgou um relatório de 15 páginas afirmando
que "os próximos três meses são
cruciais para reverter a situação
de segurança, que continua instável em partes essenciais do país".
Os especialistas recomendaram
que "todo o esforço seja turbinado" por uma ampliação rápida de
verbas e de pessoal de reconstrução, com o envolvimento de muito mais iraquianos na reconstrução nacional e uma melhora na
comunicação com a população.
"Devemos ao nosso pessoal de
campo e aos iraquianos o máximo esforço em fornecer tudo o
que seja necessário para resolver
essa situação. A credibilidade e o
interesse nacional dos Estados
Unidos dependem disso", afirma
o relatório.
"O tempo para agir está acabando, ele não durará para sempre",
disse Bathsheba Crocker, especialista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) e
ex-funcionária do Departamento
de Estado. "Existe um potencial
crescente de caos ou de problemas, especialmente no que se relaciona à situação de segurança",
disse ela.
A equipe foi convidada por
Rumsfeld e Paul Bremer, o principal administrador civil norte-americano no Iraque, para uma
visita de 11 dias ao país, encerrada
em 7 de julho. O grupo estava sob
a liderança de John Hamre, importante dirigente do Pentágono
no governo Clinton e presidente
do respeitado instituto de pesquisa CSIS, de Washington.
A equipe envolvia membros do
Conselho de Relações Internacionais, em Nova York, e a UN Foundation, uma organização assistencial privada fundada pelo magnata da mídia Ted Turner.
Wolfowitz
Na tentativa de avaliar as falhas
e os obstáculos à reconstrução, o
subsecretário americano da Defesa, Paul Wolfowitz, está no Iraque
em uma visita de cinco dias, iniciada anteontem. Um dos maiores defensores da guerra, ele declarou, no país, que os EUA estavam "despreparados" para a desordem e a falta de segurança que
eclodiram no pós-guerra.
"As chamadas forças de manutenção da lei e da ordem desmoronaram. Não havia um único
plano para isso", afirmou Wolfowitz, segundo o jornal "Los Angeles Times".
Com agências internacionais
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