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São Paulo, sábado, 19 de julho de 2003

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País tem baixa e avalia segurança privada

DA REDAÇÃO

Mais um soldado americano foi morto ontem no Iraque, elevando para 34 as baixas em ações hostis no pós-guerra e para 148 em todo o conflito. Em mais uma aparente tentativa de reduzir as tensões, funcionários do Pentágono citados pelo jornal "The New York Times" disseram que se considera criar uma força de segurança particular formada por iraquianos.
A idéia inicial é que a força seja formada por ex-soldados iraquianos -o Exército do país foi dissolvido pela coalizão anglo-americana- e assuma funções de guarda de prédios públicos e oleodutos, hoje exercidas por soldados dos EUA. Uma das críticas dos militares americanos é que as tropas -quase 150 mil homens- operam em seu limite.
A criação dessa força também seria uma alternativa de trabalho para parte dos 400 mil iraquianos que pertenciam às forças de segurança do ex-ditador Saddam Hussein e, sem emprego, engrossam os protestos contra a ocupação do país. Outra vantagem apontada seria a redução da hostilidade para com a coalizão, caso a função de guarda passe a ser exercida por iraquianos, não pelas forças ocupadoras.
O processo de seleção -os americanos se disseram cautelosos em relação à distribuição de armas entre integrantes do antigo Exército de Saddam- deve ser determinado pela Autoridade Provisória de Coalizão (APC) em conjunto com consultorias de segurança americana, entre elas a Kroll. Segundo o "Times", não há ainda definição sobre o tamanho, o custo ou a data em que essa força entraria em ação.
A coalizão anunciara planos para reconstituir o Exército iraquiano, mas a expectativa é que suas fileiras tenham apenas 12 mil homens no primeiro ano.

Fallujah e Saddam
O soldado morto ontem pertencia à 3ª Divisão de Infantaria -cujos membros receberam, nesta semana, a notícia de que sua volta aos EUA seria adiada por tempo indeterminado.
Uma bomba explodiu sob o veículo em que ele estava, em Fallujah (oeste). Outra bomba foi achada em Bagdá e desarmada.
Os americanos atribuem os ataques a simpatizantes do regime de Saddam, desaparecido em abril. Uma análise da CIA (serviço secreto americano) concluiu que a voz em uma fita de áudio divulgada por TVs árabes anteontem "provavelmente pertence a Saddam Hussein e teria sido gravada recentemente", indicando que ele estaria vivo.


Com agências internacionais


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