DE NOVA YORK

O correio norte-americano e o FBI (polícia federal) anunciaram ontem que darão recompensa de US$ 1 milhão por informações que levem à prisão de quem estiver enviando antraz por carta. O prêmio é mais uma tentativa das autoridades norte-americanas de fazer evoluir uma investigação que até agora não saiu do lugar.
"De novo, pedimos ao público que nos ajude nessa luta contra o terrorismo", disse o diretor do FBI, Robert Muller. Segundo ele, a força recebeu 3,3 mil denúncias de ameaças biológicas ou químicas nos últimos 18 dias. Delas, cerca de 2,5 mil eram de antraz. Todas são falsas.
Até agora, três autores de trotes ligados à bactéria foram presos, segundo o Ministério da Justiça. Um deles, William Sylvia, do Estado de Rhode Island, foi acusado de enviar talco num envelope com carta ameaçadora.
Segundo o secretário da Justiça, John Ashcroft, o trote do primeiro a ser preso, no começo da semana em Connecticut, causou um prejuízo de US$ 1,5 milhão ao Estado, entre paralisação do prédio federal e mobilização da polícia.
As investigações vêm sofrendo uma saraivada de críticas, lideradas pelo jornal "The New York Times", que perguntou em editorial "Onde está você, Tom Ridge?", referindo-se ao recém-empossado czar antiterror.
A principal falha continua sendo a falta de coordenação entre as diversas agências governamentais envolvidas no caso e a falha de comunicação dessas agências com a imprensa e o público.
Em meio a tudo isso, o correio comunicou que está se juntando à produção do programa "America's Most Wanted" nos esforços de encontrar os responsáveis pelos ataques bioterroristas.
Na mesma ocasião, o diretor-geral do correio avisou que cada residência nos EUA iria receber um cartão com dicas de procedimentos ao lidar com uma correspondência suspeita. (SD)



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