São Paulo, sexta-feira, 19 de outubro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Na China, Bush busca apoio a ataque

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, chegou ontem a Xangai, China, para a reunião de cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec).
O Air Force One, avião presidencial, pousou no aeroporto de Xangai pouco antes das 18h. Ele foi levado a seu hotel em meio a medidas de segurança draconianas. Cerca de cem bloqueios de rua garantiram a livre passagem de sua comitiva. Cerca de 10 mil policiais fazem a segurança.
É a primeira visita oficial de Bush à China e sua primeira viagem fora dos EUA desde os ataques terroristas de 11 de setembro contra Nova York e o Pentágono.
Bush tenta obter mais apoio dos outros 20 chefes de Estado da organização para sua chamada guerra contra o terrorismo, mas pode enfrentar resistência de representantes de países islâmicos.
Também em Xangai, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, apelou para os parceiros de Washington no Pacífico por ajuda e apoio na luta contra o terrorismo, mas as diferenças permanecem em relação à resposta militar dos EUA aos atentados. A Apec inclui a Indonésia, a mais populosa nação muçulmana do mundo, e a também islâmica Malásia. Ambas têm expressado reservas em relação aos ataques ao Afeganistão.
Washington tem dito repetidamente que sua luta é contra o terrorismo, não contra o islã.
Além do presidente chinês, Jiang Zemin, o presidente Bush terá encontros bilaterais com Vladimir Putin, presidente da Rússia, Junichiro Koizumi, primeiro-ministro japonês, e o presidente Kim Dae-jung, da Coréia do Sul.
Powell e os outros chanceleres da Apec já debatem o documento final do encontro de cúpula, que condenará o terrorismo e será divulgado no final de semana. Será a primeira declaração política importante da organização em seus 12 anos de existência.
Tanto China quanto Rússia já declararam apoio à guerra dos EUA contra o terrorismo, apesar da atuação de tropas americanas perto de seus territórios. Os dois países enfrentam grupos extremistas islâmicos separatistas -a Rússia, na Tchetchênia, e a China, na Província de Xinjiang.


Com "The Independent"



Texto Anterior: Ataque é ruim para Ocidente, diz francês
Próximo Texto: Curtas - Propaganda: EUA "recrutam" indústria do entretenimento
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.